Hoje estive pesquisando pautas sobre história da TV para escrever uma matéria
para o site Observatório da Televisão, do qual sou colaborador. E descobri que,
há exatos 21 anos, o programa Casa da Angélica
saía do ar pelo SBT. Sim, no dia 11 de maio de 1996, o programa infantil que
Angélica comandou nos domínios de Silvio Santos durante três anos chegava ao
fim. Fui tomado por um ataque de nostalgia, confesso.
Passei boa parte da minha infância assistindo aos programas de Angélica. Quando
ela estourou, era praticamente a única das apresentadoras infantis da época a
comandar programas vespertinos. Como eu estudava de manhã, o Clube da Criança, na Rede Manchete, era
uma boa opção. E a loirinha estava no auge na TV dos Bloch, pois também
comandava o Milk Shake, um musical
nas tardes de sábado que também fazia muito sucesso.
Lembro-me bem da expectativa que foi gerada quando ela anunciou que estava
se transferindo para o SBT. Na nova emissora, muitos teasers eram lançados
anunciando sua estreia, mas era o novo programa era sempre adiado. Isso
aconteceu porque sua nova atração enfrentou problemas de formatação. Inicialmente,
seria um programa totalmente diferente do Clube
da Criança. Mas os primeiros pilotos não foram aprovados, e a atração
precisou ser totalmente reformulada, adotando um formato mais convencional. Entrou
no ar a Casa da Angélica, com uns três
meses de atraso.
Mesmo sendo bem parecido com o Clube
da Criança, Casa da Angélica
trazia um diferencial. No infantil, a apresentadora protagonizada diversos
quadros de humor, vivendo vários personagens. Bernardão, o taxista;
Angelicastrid, a “VJ”; Anjólica, uma sátira ao Jô Soares; e tantos outros,
cujos nomes não me lembro. Lembro só que havia uma apresentadora de programa de
culinária e uma âncora de programa esportivo. Tempos depois, foi lançado o
quadro Tempestade de Lágrimas, uma sátira
às novelas mexicanas. Otaviano Costa, que fazia uma “voz misteriosa” que
conversava com Angélica no palco da Casa
da Angélica (e repetia o bordão “ai que meda!”), também participava deste
quadro, como o galã da história.
Casa da Angélica até registrava uma boa audiência nas tardes do SBT,
mas não chegou a estourar. O sucesso da apresentadora na TV de Silvio Santos
viria mais tarde, quando passou a comandar novas versões do TV Animal e Passa ou Repassa, dois programas apresentados anteriormente por
Gugu Liberato. Este último explodiu no Ibope, dobrando a audiência das tardes
do SBT na época. E, por conta disso, Casa
da Angélica foi perdendo força, e acabou sendo transferido para a faixa
matinal. Em seus últimos suspiros, ia ao ar das 7h30 às 8h da manhã,
antecedendo o Bom Dia e Cia, de
Eliana. Tinha apenas meia hora de duração, sendo apenas quinze minutos de arte.
Ali, Angélica se despediu do SBT. Quatro meses depois, estreava seus novos
programas, Angel Mix e Caça Talentos, na Globo. E o resto é
história!
Ah, vale lembrar que, com a saída de Angélica, seus programas vespertinos
ganharam substitutos. Eliana passou a comandar o TV Animal, enquanto Celso Portiolli fazia sua estreia como animador
assumindo o Passa ou Repassa.
Leia a matéria sobre a Casa da Angélica
no Observatório da Televisão aqui: http://bit.ly/2pEu31I
André Santana
6 Comentários
Eu amavaaaaa Casa da Angélica! Nem me lembrava que tinha acabado tão melancolicamente, rs!
ResponderExcluirEu também amava!
ExcluirCasa da Angélica marcou minha infância lembro que mandei cartas para os sorteios ,o prêmio era uma bike hehehe
ResponderExcluirAqui em minha cidade interior de sp a Rede Manchete não pegava só em parabólicas ,as vezes ia no amigo próximo bem na hora do clube da criança a tarde só pra assistir ,fiquei muito feliz qdo Angélica foi para o SBT já que era aberto o sinal
Bons tempos ! Nostalgia
Ah, que saudades desta época, hehe!
ExcluirCasa da Angélica era um sucesso ,o primeiro cenário achei meio pobre para uma apresentadora do porte da Angélica já o segundo aquele que ela saia de um relógio era bem bonito
ResponderExcluirEu achava o cenário do relógio mais pobrinho do que o primeiro, rsrs! Os dois, na verdade, eram meio estranhos, mas era a prática da época. Olha no Youtube os cenários do programa da Mariane ou Simony, ou Mara Maravilha, eram todos bem tosquinhos, hehe!
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