Regina Casé é uma atriz cômica da melhor qualidade, e mostrou seu
talento para fazer rir em programas históricos, como TV Pirata, e
participação em novelas, como Cambalacho, quando fez de Tina Pepper uma
grande mania. Mas a atriz também começou a mostrar sua faceta de apresentadora,
principalmente quando passou a comandar o mensal Programa Legal, ao lado
de Luiz Fernando Guimarães. Depois, sozinha, ancorou o clássico Brasil Legal,
sem dúvidas um dos programas mais importantes de sua carreira.
No Brasil Legal, Regina Casé passou a viajar pelo Brasil
colhendo boas histórias, bons personagens e dando voz a populares, num formato
diferente e irreverente que fez história na TV. Regina, assim, tornou-se uma
das apresentadoras mais populares da Globo, pois abria espaço para pessoas
comuns, fazendo o espectador se reconhecer na telinha. E fazia isso com
maestria, pois conseguia extrair, sempre, o melhor de seu entrevistado e da
história que contou.
Regina Casé continuou aparecendo como apresentadora na TV, e ainda
trabalhando como atriz de vez em quando. Depois do Brasil Legal vieram Muvuca,
Um Pé de Que? (no Futura e na extinta faixa Globo Educação, nas
manhãs de sábado da Globo), o ótimo e esquecido Cena Aberta, o
interessante Central da Periferia e, mais recentemente, o Esquenta!.
No dominical, que fez muito sucesso em seus primeiros anos, Regina levou o
clima do Brasil Legal para um auditório, uma novidade em sua carreira.
Como um novo Chacrinha, Regina passou a animar uma plateia com diversas
atrações que desfilavam em seu palco. Desgastado, Esquenta! saiu do ar
no ano passado, e houve a promessa de que Regina Casé ganharia uma nova atração,
que muitos apostavam que seria um programa no qual ela voltasse a encontrar
populares e contar histórias. Por enquanto, nem sinal do tal programa, mas é
bem possível que ela volte em breve com novo projeto.
Enquanto isso, a loirinha Angélica fez história na televisão desde
menina. Desde participação no programa do Chacrinha, a menina fez comerciais,
participou de grupos musicais, até se tornar apresentadora, ainda
pré-adolescente, na extinta Rede Manchete. Ali, começou sua bem-sucedida
carreira de apresentadora infantil no comando do Nave da Fantasia e,
depois, no lendário Clube da Criança. Além disso, mostrou-se exímia
animadora de auditório ainda adolescente, quando fazia sucesso comandando o
musical Milk Shake, nas tardes de sábado. Ali, Angélica começava a falar
com outros públicos que não o infantil.
Angélica passou pelo SBT, onde animava um imenso auditório em nada
menos que três programas diários: o infantil Casa da Angélica, o
familiar TV Animal e o juvenil Passa ou Repassa. O sucesso deste último
a levou à Globo, onde também tinha um auditório para chamar de seu na maioria
das fases do matinal Angel Mix. De lá, passou a dar expediente no Vídeo
Show, onde comandava o Vídeo Game, também diante de um auditório.
Passou dez anos ali, mostrando sua competência no comando de game shows. Não é
qualquer apresentador que sabe apresentar um game. Angélica sabe. Tem ritmo,
presença de palco, comando, carisma.
Desde o final de 2011, quando o Vídeo Game saiu do ar, Angélica
não tem mais um auditório. No comando do programa de entrevistas Estrelas desde
2006, a
apresentadora se especializou em visitar artistas, ou levá-los para um passeio.
Em meio às reformulações que o Estrelas enfrentou neste ano, que passou
a apostar em temporadas temáticas, surgiu a série Estrelas do Brasil,
que estreou no último sábado, 26. Na nova fase, Angélica continua a receber
celebridades, agora viajando pelo país e abrindo espaço, também, para
personagens anônimos do Brasil, mas que são “estrelas” em suas respectivas
áreas de atuação.
Estrelas
do Brasil começou a sua viagem pelo país em Belém do
Pará. Angélica levou os atores Bruno Gissoni e Maria Flor por lugares
característicos do local, como o Mercado Ver-o-Peso, e se encontrou com figuras
da região, que mostraram o seu trabalho. Não faltou carimbó, e Angélica dançou
e conheceu o trabalho do grupo local Trilhas da Amazônia. A apresentadora e
seus convidados conheceram, também, as motoristas da cooperativa Diva’s Taxi; o
fotógrafo Luiz Braga; e a cantora Dona Onete, paraense que sempre teve o sonho
de cantar, mas que só gravou seu primeiro álbum aos 72 anos. Enquanto Bruno
Gissoni acompanhou Angélica, Maria Flor conversou com a erveira Dona Carmelita
e a feirante Tia Coló, que ensinou uma receita. Estrelas do Brasil,
então, explora personagens do país, com boas histórias pra contar e muito a
dizer sobre o local onde vivem.
Ou seja, a proposta do Estrelas do Brasil é bem parecida com a
do Brasil Legal, que ficou quatro anos no ar em edições mensais
redescobrindo o país. Angélica, assim, tem uma missão parecida com a de Regina
Casé. E Regina Casé, por sua vez, comandou um auditório no extinto Esquenta!,
um ambiente no qual Angélica tem tanta familiaridade. O que isso tudo quer
dizer? Simples: dá a impressão de que a direção da Globo não sabe aproveitar os
talentos dos quais dispõem. Entrega à Angélica, excelente animadora de
auditório, um programa de viagens, enquanto transforma Regina Casé, excepcional
“turista” do Brasil, numa animadora.
E isso não acontece apenas neste caso. O canal também entrega à Márcio Garcia e Fernanda Lima, grandes apresentadores, programas de temporada, enquanto nomes menos expressivos, como Joaquim Lopes e Sophia Abrahão, batem ponto quase diariamente no Vídeo Show.
E isso não acontece apenas neste caso. O canal também entrega à Márcio Garcia e Fernanda Lima, grandes apresentadores, programas de temporada, enquanto nomes menos expressivos, como Joaquim Lopes e Sophia Abrahão, batem ponto quase diariamente no Vídeo Show.
Não que Regina Casé não tenha se saído bem em seus anos de Esquenta!.
E muito menos que Angélica não mande bem ao contar histórias do Brasil. Aliás,
o Estrelas do Brasil estreou muito bem, com um programa bonito,
colorido, bem editado, divertido e cheio de boas informações. Depois de uma
temporada cansativa do Estrelas Solidárias, a nova fase é uma injeção de
ânimo. Mesmo assim, fica a impressão de que os papéis estão trocados.
André Santana
8 Comentários
Olá, tudo bem? O Estrelas deveria voltar a ser o Estrelas. E ponto final. O telespectador quer acompanhar o outro lado do artista. Abs, Fabio www.tvfabio.zip.net
ResponderExcluirEu não acho ruim o Estrelas buscar outros formatos. O que sempre me incomodou foi o fato de que Angélica é melhor fazendo outras coisas. Me parece um desperdício, sei lá...
ExcluirExcelente analise..fez falta os gsmes da angelica porem acho w
ResponderExcluirque ela ja esta madura e nao quer games...e a case que tem que viajar
Sim, Angélica é boa nos games, mas pode fazer outras coisas também! Ela precisa de um auditório, é nisso que eu acredito.
ExcluirEu como fa da apresentadora Angélica claro que gostaria de ver ela com auditório , acredito que um dia daremos essa notícia aqui e vibrariamos bastante hehehe
ResponderExcluirEnquanto que isso não acontece
....acho que depois de descansar um pouco o formato tradicional deveria voltar com o ele ( culinária com famosos ,casas dos artistas , homenagem a grandes estrelas menos entrevistar pessoas dentro de carro ,acho chato e vários apresentadores faziam isso tinha virado moda kk porém não curto !
Angélica poderia desenvolver algum projeto novo para a rede globo com auditório seja para o Estrelas ou temporadas de game
Eu acho que a Angélica se acomodou no espaço que conquistou. O Estrelas sempre me pareceu um programa a prova de erros, quase como uma aposta certa e barata. Falta ousadia.
ExcluirA globo nao eh muito de arriscar com auditório. .tanto que debandou a xuxa...o quw esra funcionando ela nao mexe..acho que angelica deveria voltar ao video show...daria vida nova ao programa que anda cambelante...tem a vee com ela e poderia continuar com estrelas
ExcluirA globo nao eh muito de arriscar com auditório. .tanto que debandou a xuxa...o quw esra funcionando ela nao mexe..acho que angelica deveria voltar ao video show...daria vida nova ao programa que anda cambelante...tem a vee com ela e poderia continuar com estrelas
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