A televisão
brasileira produziu muita coisa boa em 2017. O TELE-VISÃO lista agora os dez
melhores momentos da telinha do último ano. Lembrando que a lista foi elaborada
baseada unicamente na opinião deste que vos escreve e, portanto, está sujeita a
injustiças e esquecimentos. A ordem em que aparecem não é importante.
Acompanhem:
- “A Força do Querer”
Definitivamente, a
Globo fez as pazes com o público das novelas. E seu maior êxito neste ano
responde por A Força do Querer. Gloria Perez trouxe seu bom e velho
folhetim despudorado, mas trouxe novidades à sua narrativa, ao apostar em
várias protagonistas, poucos personagens e uma trama envolvente e cheia de
emoção. Destaque para a bela e corajosa abordagem da transexualidade por meio
de Ivan (Carol Duarte). Bibi Perigosa (Juliana Paes), Ritinha (Isis Valverde) e
Jeiza (Paolla Oliveira) deixaram saudades.
- “Dois Irmãos”
O ano começou muito
bem na Globo com a minissérie Dois Irmãos. Mais uma obra-prima assinada por
Luiz Fernando Carvalho, a série impactou com um texto impecável, grandes
atuações e uma história intensa e muito envolvente. Sem dúvidas, um divisor de
águas na carreira do ator Cauã Reymond.
- “Sob Pressão”
Num ano de séries sem
muita expressão, a Globo acertou em cheio ao apostar na versão televisiva do
longa-metragem Sob Pressão. A série faz um drama humano tendo como mote
a precariedade de um hospital público brasileiro, cenário que rende grandes
histórias. Além disso, conta com um elenco da melhor qualidade, encabeçado pelo
excelente Júlio Andrade, e a não menos inspirada Marjorie Estiano.
- “Rock Story”
Depois de anos
apostando em comédias bobinhas e pseudo-infantojuvenis no horário das sete, a
Globo brindou o público do horário com uma trama mais madura e de contornos
mais dramáticos. Rock Story trouxe um anti-herói, uma vilã humana,
personagens carismáticos e uma história cheia de cartas na manga, que não
permitiram que se criassem “barrigas”. Maria Helena Nascimento, estreando como
autora titular de novelas, mostrou-se pronta para o ofício. Entende, e bem, do
riscado.
- “Pesadelo na
Cozinha”
A Band foi feliz ao
entregar a versão nacional do Kitchen Nightmares ao carismático Erick
Jacquin, do MasterChef. Em novo reality show, o francês aprontava poucas
e boas ao orquestrar verdadeiras operações de guerra na tentativa de salvar
restaurantes à beira da falência. A presença de Jacquin fez toda a diferença e
tornou o programa um entretenimento da melhor qualidade.
- “Fábrica de
Casamentos”
Depois de uma
overdose de realities de culinária, o SBT resolveu desenvolver um formato
próprio em suas noites de sábado e lançou Fábrica de Casamentos. Com a
ideia de fazer toda uma festa de casamento em apenas sete dias, Chris Flores e
Carlos Bertolazzi se dispõem a resolverem diversas pendengas que surgem na
organização destes eventos. Mesmo com algumas situações claramente forçadas
para gerar tensão, Fábrica de Casamentos, no geral, funciona muito bem.
Diverte e traz boas e emocionantes histórias.
- “Lady Night”
Dentre tantos talk
shows engraçadões, o Lady Night, de Tatá Werneck é, de longe, o melhor.
Tatá é uma metralhadora verborrágica, da qual são disparadas altas tiradas,
repletas de ironia, sarcasmo, referências pop e escatologia. Com um raciocínio
rápido e uma capacidade de improviso acima da média, Tatá era a estrela e
atração principal de Lady Night, Pouco importava quem era o convidado. E
a Entrevista com o Especialista?
- “Conversa com Bial”
A Globo foi feliz ao
ir na contramão da concorrência e escalar, para seu fim de noite, um talk show
onde os assuntos tratados são mais importantes que piadas. Conversa com
Bial, em seu primeiro ano, primou por bons bate-papos, promoveu debates
relevantes sobre os mais variados assuntos e recebeu convidados de grande
expressão. Pedro Bial, com seu estofo e repertório de repórter e seu traquejo
adquirido nos anos de BBB, tornou-se um excelente apresentador.
- “Dancing Brasil”
Num ano de poucos
acertos, a Record mandou bem com sua versão do Dancing With the Stars. Dancing
Brasil conseguiu escapar das comparações com a Dança dos Famosos, da
Globo, ao apostar numa produção caprichadíssima, um trio de jurados competente
e participantes interessantes. Rendeu grandes momentos de disputa e emoção ao
mostrar famosos tentando se superar e aprender a dançar. E, de quebra, deu
sobrevida à Xuxa Meneghel no canal, que acertou a mão na condução do programa.
Deu tudo muito certo.
- “Amor & Sexo”
O programa de
Fernanda Lima vestiu de vez sua porção “engajada” e fez da temporada de Amor
& Sexo uma ode à intolerância, ao preconceito, contra a hipocrisia e a ignorância. A atração promoveu debates importantes sobre assuntos realmente
sérios, e que pareciam impossíveis de serem discutidos na TV aberta. Destaque
para o programa de estreia de 2017, sobre feminismo, que abordou a questão
social da mulher negra e sobre a liberação sexual feminina, sempre com
depoimentos contundentes, além de uma bela participação de Elza Soares e Karol
Conká. O programa teve seus momentos didáticos, sim, mas foram absolutamente
necessários, afinal, foram temas novos na TV que estavam sendo tratados ali.
Foi uma grande temporada!
- Menção honrosa:
“Malhação – Viva a Diferença”
Parecia impossível
que Malhação conseguisse se reinventar. Mas a chegada de Cao Hamburger à
redação final deu à novelinha o sopro de vitalidade que ela tanto precisava. Viva
a Diferença é a melhor temporada de Malhação em anos (se não for a
melhor de todos os tempos), e mandou muito bem ao apostar em cinco garotas como
protagonistas cujos principais conflitos não são arrumar namorados. O texto,
impecável e sem subestimar o espectador, trouxe abordagens contundentes, mas
fugiu do didatismo e conseguiu, verdadeiramente, estabelecer um diálogo com o
jovem, além de ter evitado hipocrisia e a fantasia exacerbada. Merece todo o
sucesso que vem fazendo. Fará falta.
E para você,
internauta? Quais foram os grandes acertos da TV brasileira em 2017? Deixe sua
opinião! O blog volta a ser atualizado normalmente a partir do próximo sábado,
13 de janeiro. Até lá!
André Santana
4 Comentários
Olá, tudo bem? Rock Story achei tããããããão sem graça......Passo reto....Preferi acompanhar Sem Volta a Dois Irmãos... Série leeeeeeeeeeeeeeeeeeeenta demais.........O ano foi de A Força do Querer e Sob Pressão. Isso é fato. Abs, Fabio www.tvfabio.zip.net
ResponderExcluirOi Fabio, tudo bem? Sim, A Força do Querer e Sob Pressão foram incríveis! Mas eu amei também Rock Story e Dois Irmãos. Abraço!
ExcluirCozinha sob pressão foi legal pois foi um realty diferente não so a repetição do masterchef
ResponderExcluirMas não teve Cozinha Sob Pressão em 2017. Você não se refere a Pesadelo na Cozinha?
Excluir