Num ano em que duas novelas eram fortes candidatas ao posto
de pior, nenhuma das produções saiu de mãos abanando: O Outro Lado do Paraíso ganhou o prêmio de Pior Novela, enquanto Apocalipse ficou com o troféu de Fiasco
do Ano. Uma maneira justa de apontar as duas mais toscas produções de
teledramaturgia desta temporada.
Curiosamente, O Outro
Lado do Paraíso não rendeu nenhum troféu para atores. Mas não que tenham
sido completamente esquecidos: Augusto Renosto indicou Bruno Montaleone, o Johnny,
como pior ator, enquanto Endrigo Annyston apontou Eriberto Leão, o Samuel. “O
ator é fraco e, com o texto bizarro de Walcyr Carrasco, não conseguiu convencer
como Samuel. O sentimento em relação ao seu personagem e núcleo em O Outro Lado do Paraíso era o de
vergonha alheia”, justificou. Já as atrizes Erika Januza, a Raquel, e Telma
Souza, a manicure Ivanilda, foram votadas por Augusto Vale e Fábio Costa,
respectivamente. “Pode ser devido à antipática personagem para a qual a
escalaram em O Outro Lado do Paraíso...”,
avaliou Fábio.
Pela primeira vez, o Troféu Santa Clara teve um empate “quádruplo”
em Pior Apresentador. Seria uma categoria em que não faltam candidatos? Em
compensação, “apenas” duas apresentadoras levaram o Troféu, e duas novatas por
aqui: Mara Maravilha, votada por Augusto Renosto, Endrigo Annyston, Fábio Costa
e eu; e Sophia Abrahão, escolha de Duh Secco, Isaac Santos, Jurandir Dalcin e
Rodrigo Albuquerque. Enquanto isso, outras “favoritas” da categoria perderam
força, como Daniela Albuquerque, votada apenas por João Paulo Reis. “O Sensacional saiu do palco, virou um
programa de entrevistas, mas Daniela Albuquerque continua ruim, sem sal, sem
carisma, sem nenhum apelo além da beleza”, disse ele sobre a primeira-dama da
RedeTV.
Pela primeira vez desde que o TELE-VISÃO retomou o Troféu
Santa Clara, a categoria Pior Infantil não aparece. Em razão da falta de opções
do segmento, ela foi substituída por Pior Programa Esportivo. E o equivocado Show do Esporte levou logo na estreia. Mas
também apareceram entre os votados Central
da Copa (votos de Augusto Renosto e João Paulo Reis), Os Donos da Bola (escolha de Fábio Costa) e até o Zero1 (apontado por Rodrigo
Albuquerque). Já Kleber Nunes escolheu o inexpressivo Esporte Fantástico, da Record. “Outro exemplo de cópia mal feita,
pois a Record não tem equipe esportiva forte e só mostra o quê? Histórias de
superação, coisa que já passa em outros programas como o Esporte Espetacular. Também acho exagerado quatro apresentadores
pois deveria ter só dois e é triste ver a Mylena Ciribelli ter sua carreira
enterrada nesse programa”, disse.
Vídeo Show foi eleito o Pior Programa de
Variedades, mas por pouco não perdeu o prêmio para o “novato” Melhor da Tarde, da Band. O programa de
Cátia Fonseca foi lembrado por Endrigo, Fábio Costa e Fabio Maksymczuk. Em “terceiro
lugar”, claro, o Fofocalizando, do
SBT, voto de João Paulo e Jurandir. “Não tenho muito o que falar, mas acho o
programa de um mau gosto...”, resumiu Jurandir ao justificar seu voto.
Em Pior Série, Brasil
a Bordo levou fácil o prêmio, deixando o segundo lugar lá atrás. Mas Cidade Proibida também fez por merecer
os dois votos, de Jurandir Dalcin e Rodrigo Albuquerque. “Era linda visualmente
em todos os sentidos técnicos da coisa televisa, só faltava fisgar o
telespectador. Um grande erro que a Globo cometeu durante bom tempo em suas
novelas, foi tentar juntar texto bom e qualidade técnica, hoje podemos dizer
que aprenderam a sinergia da coisa, Cidade
Proibida infelizmente foi a vitima
da vez, feita talvez as pressas para o GloboPlay e depois exibida na TV, não
alinhavou com carisma suas qualidades, uma lástima”, disse Rodrigo sobre a série
de detetive da Globo.
Já Fiasco do Ano sempre rende votos diversos. Apocalipse ganhou fácil, mas a lambança
do Viva com a reprise de Bebê a Bordo não passou em branco pelos jurados do
Troféu Santa Clara. “A medida escancarou a crise de audiência que teria de ser
tratada internamente - isso é uma opinião pessoal, não vejo outro motivo para
os cortes. O canal demorou a dar uma resposta sobre e quando o fez foi evasivo,
‘arrogante’. Ainda cortaram Bebê a Bordo
para estrear Vale Tudo em meio à
cobertura da Copa do Mundo. Para ajudar, suspenderam tramas já prometidas - Roda de Fogo e Brega e Chique - acirrando ainda mais os ânimos. Entendo a aposta
em uma trinca óbvia como a de agora e espero realmente que a audiência se
estabeleça. Mas temo que o canal não saiba ‘dosar’ a próxima trinca, metendo os
pés pelas mãos de novo...”, analisou Duh Secco. “A decisão inédita do Viva em
editar e encurtar a exibição da novela de Carlos Lombardi foi uma polêmica que
deu pano pra manga. E as explicações do canal jamais convenceram o público, que
desde então colocou as barbas de molho”, completou Augusto Vale.
A má fase do Vídeo
Show foi lembrada por Augusto Renosto ao votar em Pior Programa da TV
Brasileira. “O Vídeo Show merece essa
categoria justamente pela insistência da Globo em investir em um formato que
não dará mais certo. A premissa da atração não atrai mais o público. O Viva e o
GShow poderiam desempenhar muito melhor a função de mostrar o acervo e os
bastidores da emissora. Colocar influenciadores digitais na apresentação pode
fazer o programa entrar para os Trending Topics todos os dias, mas não vai
convencer o público do sofá a assistir”, justificou. Já Isaac Santos preferiu
escolher não um programa, mas um “conceito”. “Vou insistir numa característica
mais do que num título apenas: o sensacionalismo, usado como artifício por
tantos programas da linha de show e até mesmo de jornalismo. Uma vergonha”, concluiu.
André Santana
2 Comentários
Vídeo show da sorriso..eu não entendo porque nunca pensaram na angelica para ele...acho que deviam deixa io so pras memórias e bastidores sem apresentadoras entao e mais curto.....
ResponderExcluirJá defendi a Angélica algumas vezes no Vídeo Show, mas acho que estou mudando de ideia. Ela não merece ter que assumir esse barco furado. Por mim, o programa acabaria.
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