"Não sou Jô Soares, mas também já fui 'onze e meia'" |
Desde que o Programa
do Porchat saiu do ar na Record, no final do ano passado, a emissora não
anunciou nenhum substituto. Segundo notícias da época em que Fabio Porchat
pediu a rescisão de contrato, o canal chegou a pensar em manter um talk show no
ar, com um novo apresentador. No entanto, a emissora desistiu da ideia. Depois,
Marcos Mion disse, em entrevistas, que entregaria um novo projeto à Record para
o horário, mas a coisa não andou. Assim, por enquanto, o canal tapa o buraco
com a exibição de séries americanas.
Entretanto, uma nova notícia surge sobre o horário. Segundo
o site Notícias da TV, a emissora planeja lançar um novo jornal na faixa. A
ideia é de Antonio Guerreiro, novo vice-presidente de jornalismo da Record, que
vem fazendo uma série de reformulações nos jornais da emissora. Para viabilizar
a ideia, o canal pretende trazer um nome de peso da Globo para sua
apresentação. Nomes já estariam sendo sondados, informou a matéria assinada por
Gabriel Perline.
A ideia da Record é interessante. Afinal, o projeto tem mais
a ver com o DNA da emissora, que tem uma programação jornalística bastante
intensa. Diariamente, a Record exibe o Balanço
Geral em duas edições, além dos jornais locais matinais, o Cidade Alerta e o Jornal da Record. Mas o canal não tem um noticioso no fim de noite,
tipo de atração que praticamente todas as concorrentes têm. Tudo bem que o Jornal da Record já é exibido meio
tarde, entre 21h45 e 22h30, mas encerrar a programação com notícias pode ser
uma boa.
No entanto, vale lembrar que a Record já teve um jornal no
fim de noite, e que apresentava resultados aquém do esperado. No final da
década de 1990, a
emissora apresentava o Jornal Onze e Meia,
com Adriana de Castro, que, como o nome sugere, era exibido às 23h30. Depois, o
jornal foi sendo empurrado para mais tarde, e teve seu nome alterado para Jornal da Record – 2ª Edição, e teve
nomes como Claudia Cruz e Salete Lemos no comando. Na década de 2000, o jornal
ganhou novos investimentos. O primeiro passo neste sentido foi a contratação de
Paulo Henrique Amorim para comandá-lo, e ele passou a se chamar Edição da Noite. Como o noticioso passou
a ser reprisado na manhã seguinte, teve o nome novamente alterado para o
redundante Edição de Notícias. Mais
tarde, sem Paulo Henrique Amorim, ele passou a se chamar Jornal 24 Horas, teve o formato alterado para uma espécie de
revista, e Patrícia Maldonado assumiu a apresentação. Depois, foi
definitivamente extinto.
Ou seja, para chamar a atenção, o novo jornal que a Record
pretende lançar precisa ter um diferencial, para que não se torne apenas mais
um jornal de fim de noite. De repente, a emissora poderia adotar um formato
mais descontraído, para contrastar com a sisudez de seus concorrentes diretos.
Além disso, poderia abrir espaço para entrevistas e debates. Deste modo, não
apenas destoaria dos concorrentes, como também se tornaria uma alternativa aos
talk shows. Seria interessante.
André Santana
8 Comentários
Lembro-me de tee visto Janine Borba apresentar o Jornal 24h também. Acho válida a ideia de um telejornal no fim de noite, com diferencial, como você citou. Mais do mesmo já tem na concorrência e na própria Record horas antes. Tomara que não seja também outro policialesco, Deus me dibre!
ResponderExcluirBato na tecla de que o Mion deveria ocupar as tardes de sábado. Um programa que misturasse musicais com games ou quadros divertidos, sem choradeira. Ou até algo semelhante ao Altas Horas e o Programa Livre, Mion tem carisma pra isso.
André, quando vai rolar outro post sobre memória da TV? Tô sentindo falta, a nostalgia é maravilhosa.
Verdade as vezes coisas que a gente nem lembra mais
ExcluirMister Ed, tem razão! Janine Borba apresentou o Jornal 24 Horas antes da Patricia Maldonado. Ela foi transferida para o jornal da madrugada justamente porque a direção da Record achou que ela não se adeqou ao Tudo a Ver, que apresentava com o Paulo Henrique Amorim. Assim, Patricia Maldonado foi para o Tudo a Ver, enquanto Janine foi para o Jornal 24 Horas. Mas, depois, a Record meio que desmantelou o 24 Horas e cogitou substitui-lo pelo Tudo a Ver, que já não era mais o mesmo da tarde, e sim um programa de repetecos apresentado pela Patricia no horário nobre. Mas a emissora desistiu, preferindo manter o nome Jornal 24 Horas, mas o entregou à Patricia. Nesta fase, o jornal apenas replicava matérias de outros jornalísticos da emissora.
ExcluirQue bom, Miguel e Mister Ed, que vocês gostam dos textos de memória. Eu adoro produzi-los! Logo pinta mais algum por aqui, aguardem!
Eae André. Tenho medo desses jornais que investem somente no desastre. A Record adora! Também tenho receio de ligar na Band em qualquer noite dessas e ver o Datena mostrando uma enchente lá pela meia noite.
ResponderExcluirMarcelo, é um risco que se corre.
ExcluirJá disseram nos comentários acima o que eu penso: Medo da Record vir com outro jornal sensacionalista. Na melhor das hipóteses, será um clone do Jornal da Globo; não acredito muito em uma ideia mais criativa por lá, a não ser que eu esteja muito enganado.
ResponderExcluirPois é Alexandre! Mas hoje (18 de março) a Kogut afirmou que o projeto do Mion pode, sim, vingar no horário. Torço por isso!
ExcluirMil vezes jornal do que programa do Mion.
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