"Valendoooo!" |
Como já dito aqui anteriormente, com o excesso de reality shows
que envolvem “famosos” na Record, logo a emissora chegaria num impasse. Afinal, sabe-se que
não são muitos os nomes conhecidos que topam passar por uma exposição dos
tamanhos de Power Couple e A Fazenda. Daqueles que topam, muitos já
passaram por ali. Logo, as opções vão ficando cada vez mais escassas. E a nova
edição do Power Couple Brasil, que
estreou esta semana na emissora, deixou isso bem claro.
Nesta temporada, personalidades mais conhecidas, como Nicole
Balhs, Debby Lagranha e seus respectivos maridos, dividem a mansão com nomes
como Jú Valcézia e Ricardo Manga, Fabi Monarca e Enrico Mansur, e Taty Zatto e
Marcelo Braga. É preciso um esforço bem grande do público para descobrir quem,
afinal, são eles. Pela primeira vez, os nomes menos (ou nem um pouco)
conhecidos parecem superar o número de “famosos”.
No primeiro Power
Couple, por exemplo, o casal menos conhecido era Laura Keller e seu marido,
Jorge Sousa, que acabou vencendo a edição. Eles conviveram com nomes como
Simony, Gian (da dupla sertaneja), Popó, Túlio Maravilha, Gretchen, Andréia
Sorvetão e Conrado, entre outros. Já a
segunda edição teve Fábio Villa Verde, Rafael Ilha, Sylvinho Blau Blau e
Thaíde. No ano passado, o terceiro ano contou com a presença de André Di Mauro,
MC Créu e Nizo Neto. Aliás, na temporada 2018, a presença de
ex-realities, que antes era mais tímida, ficou maior, com as participações de Aritana
Marone, Munik Nunes, Franciele Grossi e Diego Grossi, entre outros.
Agora, o expediente de ex-reality veio com força. Só do BBB são três nomes: o casal Mariana
Felício e Daniel Saullo, além de Eliéser Ambrósio e sua esposa, Kamilla
Salgado. Ou seja, um elenco bem distante do visto das primeiras temporadas. Entretanto,
em realities como o Power Couple, o
“grau de fama” acaba se tornando mero detalhe. A atração foca bastante no dia a
dia do confinamento, explorando a convivência entre os casais. Ainda mais agora,
no atual formato, assumido quando Gugu Liberato passou a ser o apresentador. Na
fase Roberto Justus, o programa era mais um game show, e os momentos de
confinamento na “Mansão Power” não era muito explorado. Até porque, nesta fase,
o programa era exibido uma ou duas vezes por semana. Deste modo, o confinamento
durava apenas um mês, e este tempo era pulverizado numa exibição que não era em
tempo real.
Já com Gugu, as exibições passaram a ser diárias e em tempo
real, aumentando o espaço para a convivência dos casais na casa. Assim, o
programa ficou parecido com o BBB,
apostando nas intrigas que surgem quando se divide uma casa com muita gente. Por
isso mesmo, o fato de os participantes não serem lá tão famosos não chega a ser
um problema. Passados poucos episódios, todos já se tornam familiares a quem
assiste. E o que vale aqui são as personalidades distintas. Se bem dosadas, vão
garantir o interesse de quem assiste.
Quanto a Gugu, mais uma vez, a escolha do apresentador se
mostrou bastante acertada. Com experiência de sobra em game shows, Gugu imprime
ritmo às provas do programa. Além, claro, de usar e abusar de seu famoso bordão
“valendooo!”. Assim, o veterano animador surge novamente bastante à vontade na
função.
Além do bom apresentador e de um elenco com potencial, Power Couple tem mais uma vantagem este
ano. A atração não tem mais a concorrência com o MasterChef, da Band, que roubava uns preciosos pontinhos de
audiência às terças-feiras. Ou seja, são grandes as chances de a Record colher
bons frutos com a temporada deste ano. É só o elenco colaborar.
André Santana
4 Comentários
Olá, tudo bem? Comentarei hj sobre o Power Couple. Ñ achei o elenco fraco. Há casais desconhecidos, mas a grande maioria o telespectador já conhece. Os ex-BBBs funcionaram (surpresa para mim) em realities da Record. Então vale a aposta. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirOi Fabio, tudo bem? Bom, eu me considero relativamente bem informado sobre subcelebridades (desculpe, odeio esse termo, mas...). No entanto, confesso que tive dificuldades em reconhecer as pessoas neste Power Couple. Mas não vejo isso como um problema. O elenco, aliás, parece que já está rendendo. Abraço!
ExcluirJá não tenho paciência pra BBB na Globo, imagina ex-BBB na Record. Socorro! Acho um pouco equivocada essa ideia de exibir Power Couple e outros realities logo em seguida, como Top Chef e Troca de Esposas. Apesar de diferentes, fica uma overdose de formatos no ar. Sem contar que jogam os programas da segunda linha de shows pra muito tarde.
ResponderExcluirQuanto ao Gugu, espero vê-lo num programa autoral, acho um desperdício ver um dos maiores animadores da TV preso num formato apenas. Numa recente entrevista ao Maurício Stycer, do Uol, ele próprio demonstrou que pode vir a comandar algo fixo e semanalmente na TV. Alô, Record!
Já falei sobre isso aqui, Mister Ed! A linha de shows da Record está dependente demais de realities. Deveriam revezar com games e produtos de dramaturgia. Os formatos são parecidos e exibi-los um atrás do outro aumenta a sensação de "mais do mesmo".
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