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Há mais de um ano no ar, "As Aventuras de Poliana" tem erros e acertos

"Todo mundo tá feliz?"

Há pouco mais de um mês, em  16 de maio, a novela As Aventuras de Poliana, do SBT, completou um ano no ar. A trama tem o que comemorar, já que conseguiu manter o sucesso da faixa de novelas infantis da emissora. Mais do que isso: deu novo rumo à teledramaturgia da emissora ao buscar outra fonte de “inspiração”, sem apostar numa nova adaptação de novela latina. Desta vez, a autora Iris Abravanel usou como base o romance Pollyanna, de Eleanor H. Porter. E se deu muito bem!

A novelista foi muito feliz ao enxergar no clássico da literatura mundial um bom mote para uma novela infantil. Assim, apostou em Poliana (Sophia Valverde) e seu famoso otimismo, que contagia a todos com o “jogo do contente”. Como no livro, a menina vai viver com uma tia carrancuda depois da morte dos pais. Ela, então, ensina a todos a olhar o lado bom da vida, e consegue até transformar a tia. Trata-se de um mote conhecido dos fãs das novelas para crianças, já que lembra a mexicana Chispita, seu remake Luz Clarita, e outras tramas.

Iris Abravanel também aproveitou o know-how adquirido nas adaptações de Carrossel, Chiquititas e Cúmplices de um Resgate para rechear sua atual trama. Ao situar parte da história num colégio, a autora criou um universo povoado por crianças, jovens e adultos, amarrando tramas paralelas que deram sustentação à história da protagonista. O enredo não difere de suas novelas anteriores, mas a fórmula se mostrou irresistível ao público-alvo. E é por isso que As Aventuras de Poliana segue em alta, um ano depois da estreia.

No entanto, apesar dos resultados satisfatórios, a emissora poderia rever o tamanho de suas novelas. As Aventuras de Poliana já vem sofrendo do mesmo mal que acometeu sua sucessora, Carinha de Anjo. O mote inicial já se esgotou, e a novela começa a abusar de histórias recicladas. Além disso, rechear os capítulos com música continua sendo uma arma para aumentar a duração deles sem “queimar” trama.

Mas, para a emissora, o que importa é garantir a vice-liderança. E isso, convenhamos, As Aventuras de Poliana consegue, e com louvor. Ao que tudo indica, o público infantil costuma se afeiçoar aos personagens e os acompanha, mesmo que nada muito interessante aconteça com eles. Além disso, a repetição entre uma trama e outra também não é um problema, já que o público cresce e é constantemente renovado.

Sendo assim, se diminuir o tamanho das tramas não é um plano do SBT, a emissora devia, ao menos, seguir buscando novas fontes de inspiração. Adaptar um livro clássico deu certo. E o que não faltam são clássicos infantis para adaptar. Mas o canal poderia ousar ainda mais e apostar, também, numa novela totalmente original. Por que não?

André Santana

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11 Comentários

  1. É isso, outros canais, fora a Globo, costumam exagerar qdo encontram um sucesso. É claro que as novelas infantis têm público e podem até continuar, mas é um exagero serem mantidas assim por tanto tempo. Pensaria em alternar ou até em séries de menor duração, com a temática infanto-juvenil.

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  2. Nao assisto mas pelo que eu li o texto eh escrito de maneira conservador na questao moral e direitos humanos, principalmente no racismo. Em duas situacoes, na famosa fala da aluna negra em que a diretora fala erroneamente sobre a questao do racismo, e na demissao/afastamento ou sei la o que do ator Nando Cunha detonou a novela, dizendo que eh de direita e nao mostra representatividade e mostrado de uma otica do branco. Me incomodou muito esss dois fatos, ainda mais sendo para o publico infantil. Se bem que eh coerente com o SBT, ja que a emissora eh assumidamente da linha familia tradicional . Uma pena que o SBT tenha essa postura e a Record tenha um vies de evangelizacao. Poderiam fazer igual a Globo, que eh de direita, o seu jornalismo eh de direita e conservador, mas a maioria dos produtos de entretenimento da Globo sao progressistas, incluindo as novelas.

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    1. Nem tanto no programa da Maísa e Eliana ja foram as drags Pablo e Glória groove

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    2. Miguel, voce ta certo em relacao a Maisa, mas ela e quem mais? Roberto Cabrini e Otavio Mesquita na madrugada? E Leo Dias ne. O resto mesmo tendo Eliana, os programas em si tem um conteudo conservador . E alem do mais Maisa hoje eh maior que o SBT. E eh excecao ela ter um pensamento e postura de aceitacao as minorias. Nao que Eliana,Danilo Gentilli, Portiolli , Patricia Abravanel, Cristina Rocha sejam desrespeitosos, pelo contrario, mas o conteudo eh consrvador, sim.

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    3. O SBT é feito à imagem e semelhança de seu dono Silvio Santos, que sempre foi um homem conservador.

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  3. Olá, tudo bem? Confesso que no horário eu assisto Jezabel. Dou apenas algumas zapeadas. A troca de atrizes, no papel principal, foi algo, digamos assim, bizarro. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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    1. Oi Fabio! Acho que a Thais Melchior já domina bem a personagem. Não achei a troca ruim não. Abraço!

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  4. E quase como se fosse a mesma histórias so trocam os atores mas tem muito público com pouca programação infantil

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  5. Eae André, com a chatice do Sétimo Guardião e do cansaço das tramas bíblicas, de repente, comecei a acompanhar a Poliana. Acho a novela divertida e leve, o misto entre digamos uma 'Malhação" com algo bem Carrossel é entretenimento puro!

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