"Aqui tem tompêro!" |
A final do MasterChef
Brasil, desde sua primeira temporada na Band, sempre provocou grande
mobilização. As torcidas dos finalistas se mostravam engajadas, fazendo da
atração uma campeã de repercussão. Porém, isso não aconteceu na temporada 2019. A vitória de Rodrigo na
noite do último domingo, 25, não conseguiu repetir o frisson dos anos
anteriores. A baixa repercussão é resultado de uma série de equívocos, como o
elenco fraco e, principalmente, a infundada mudança de dia da atração.
O título ter sido disputado justamente por Rodrigo e Lorena
é uma amostra de que os tempos de frisson do MasterChef ficaram para trás. Não que eles não merecessem, longe
disso. Mas, normalmente, o MasterChef
trazia para suas finais duas figuras completamente opostas. Havia uma
polarização que incitava o público a reagir. Desta vez, os finalistas foram
duas personalidades queridas da audiência. Com isso, a torcida arrefeceu.
Pareceu menos apaixonada.
Isso se deveu ao elenco mais fraco desta edição. Não houve
uma figura que se destacasse, seja pela polêmica, seja pelo carisma natural.
Foi um grupo mediano, que acabou rendendo um resultado na média. Deste modo, MasterChef teve uma temporada morna, o
que normalmente não acontece no reality de gastronomia da Band. O programa de
Ana Paula Padrão, Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin já teve dias
melhores.
Além disso, há o erro de o programa quebrar o hábito de seu
público, acostumado a vê-lo nas noites de terça-feira. No entanto, o canal
parece ter aprendido a lição e está tentando recuperar seu público perdido
neste dia da semana com a estreia de Pesadelo
na Cozinha. O divertido reality com Erick Jacquin voltou para uma segunda
temporada na última terça, 27, e já disse a que veio, aumentando
consideravelmente a audiência da faixa.
Em Pesadelo na Cozinha,
Erick Jacquin é convocado para conhecer restaurantes com problemas e propor
soluções para o estabelecimento. Na estreia, o chef francês conheceu o Pé de
Fava, um restaurante nordestino cheio de percalços. Para tentar ajudar o
negócio, Jacquin acabou batendo de frente com Fabio, o temperamental dono do
restaurante. Além disso, precisou driblar a falta de condições do espaço.
Trata-se de um formato bastante atraente ao público. Isso
porque o programa aposta em três frentes: o folhetim, a culinária e o
empreendedorismo. Do folhetim, Pesadelo
na Cozinha tem a narrativa, estabelecida em apresentação, conflito, clímax
e conclusão. Já a culinária e o empreendedorismo aparecem unidos nos
restaurantes mostrados. O diagnóstico e as soluções propostas por Jacquin não
apenas garantem o final feliz (ou não), mas também servem como dicas ao
espectador. Sendo assim, Pesadelo na
Cozinha é um entretenimento bastante completo.
Porém, Pesadelo na
Cozinha não seria tão atraente se não fosse a presença de Erick Jacquin. O
jurado do MasterChef é um tipo
extremamente carismático. A postura que mescla a doçura e a dureza, somado ao
sotaque carregado, fazem de Jacquin um tipo rico. Com isso, ele desperta a
atenção de quem assiste. É impossível ficar indiferente às observações
certeiras e cheias de “tompêro” do chef.
Ou seja, a Band acertou em cheio, tanto na escolha do
formato quanto do apresentador. Pesadelo
na Cozinha é tão divertido que se mostra a melhor sala de espera para o MasterChef. Por isso mesmo, é bem
difícil compreender porque o programa ficou dois anos fora do ar. Trata-se de
uma atração que tem apelo e lenha para queimar.
André Santana
8 Comentários
Olá, tudo bem? Eu adorei a troca de dia e horário. Pensei que rejeitaria a mudança, mas ñ foi o que aconteceu....Já comentei sobre o Pesadelo na Cozinha no meu blog. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirPesadelo na cozinha e mais atearente que o Master chef..um lata velha dos restaurantes
ExcluirOi Fabio! Pra mim, a mudança de horário foi indiferente. Mas penso que o programa, em termos de resultados, funciona melhor às terças. Miguel, no momento também prefiro Pesadelo na Cozinha. Acho mais divertido. Abraços!
ExcluirEu apostava num embate final entre Helton e Juliana, pois ambos rivalizavam desde o início e seriam capazes de mobilizar torcidas contra e a favor. Infelizmente nenhum dos dois conseguiu chegar à final.
ResponderExcluirA Band conseguiu desgastar o formato muito rápido, duas temporadas intermináveis por ano cansam... poderiam dar um descanso pro formato, apenas uma por ano, intercalando o amadores, profissionais e all-stars.
Sim, Railan, fica cada vez mais evidente o desgaste da fórmula.
ExcluirEae André, o MasterChef perdeu a graça faz tempo e ainda com cenário escuro, ficou pior. Já o Pesadelo na Cozinha é o único programa noturno da tv aberta que me faz parar pra ver. O restaurante da estreia fica a meia hora daqui de casa, irei lá ver se realmente o Jacquin salvou a bagaça kkkk
ResponderExcluirOpa, vai lá Marcelo! Depois me conta se gostou da comida! Ah, e verifique se ele é tão chato na vida "real" como era no programa, hahaha!
ExcluirEae André. Fui lá na última sexta-feira e vi um ambiente totalmente tranquilo. Até fiquei assustado! O dono do restaurante não invadiu a cozinha e os pratos muito bem feitos demoraram menos que 10 minutos. Só o que foi estranho foi a ausência do cardápio no local.
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