"Oi, eu sou a filha da Poliana!" |
Não faz muito tempo que repercutimos por aqui a decisão do
SBT de apostar numa “segunda temporada” de As
Aventuras de Poliana. A novela de Iris Abravanel, baseada na obra de
Eleanor H. Porter, inicialmente seria encerrada em meados de 2020, completando
dois anos no ar. Mas a direção da emissora optou por prolongá-la, e a novela
ganhará novos personagens e tramas para uma segunda temporada, na tentativa de
levar a história até 2021. Estão previstas mudanças de rumo e de elenco para
manter a novela de pé.
A decisão é essencialmente financeira: é mais barato para o
canal manter uma novela no ar do que estrear uma nova produção. Porém, uma
matéria do Notícias da TV, publicada esta semana, mostra que a emissora se
arrisca ao apostar neste prolongamento desenfreado. O texto, publicado no dia
13 de novembro, mostra que As Aventuras
de Poliana deixou de ser o programa mais visto do SBT.
Segundo a matéria, os programas Roda a Roda e Cúmplices de um
Resgate estão se alternando na liderança do ranking de audiência dos
programas do SBT. Enquanto isso, As
Aventuras de Poliana, que chegou a ser um fenômeno na casa dos 17 pontos no
Ibope, atualmente mal chega aos dois dígitos de audiência. É uma queda
significativa, que mostra que a emissora assume um alto risco ao insistir na
produção.
Infelizmente, o SBT parece incapaz de perceber sinais
claros. Quando uma novela com a força de As
Aventuras de Poliana perde espaço para um game show surrado e uma reprise
de novela, é preciso fazer uma autoanálise. Está claro que a novela infantil,
formato que foi a menina dos olhos da emissora nos últimos sete anos, precisa
ser reavaliado.
A verdade é que uma novela longa pode ser boa economicamente
falando, mas para o público a coisa não é bem assim. Ainda mais numa novela
infantil, que atinge um público em crescimento. Se a trama for longa demais, a
tendência é que o público cresça e, naturalmente, perca o interesse pela mesma.
Assim, esta decisão do SBT pode pesar contra o próprio formato. E as
consequências podem ser graves.
André Santana
7 Comentários
A verdade é que as novelas infantis já não têm mais para onde ir. Poliana, mesmo, repete tramas de Carrossel, Chiquititas... é tudo mais do mesmo.
ResponderExcluirTem razão. Parece que as novelas infantis do SBT chegaram ao mesmo impasse das novelas bíblicas da Record. Todas parecidas e não têm mais para onde ir.
ExcluirExagero no formato e falta de criatividade e ousadia para pensar em algo diferente. É o retrato da TV brasileira em geral, com alguma exceção na Globo.
ResponderExcluirÉ isso.
ExcluirTalvez a solução para o SBT seja alterar o formato para o público infantil: ao invés de novelas, séries. Poderiam firmar parcerias com produtoras e desenvolver séries com apelos diferentes, tipo uma musical, outra mais comédia, etc. Só que o SBT quer economizar e dificilmente fará grandes investimentos, o que é uma pena. Não me surpreenderá se o clássico Chaves for convocado para tentar salvar o horário kkkkkkkk.
ResponderExcluirHahaha! Não é impossível...
ExcluirPois é... Mas Chiquititas já nasceu com essa proposta, né? Não era um remendo... Mesmo assim, o desgaste veio. Acho que Poliana tende a cair mais.
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