"Eu era Isabel, e agora quero acabar com ela!" |
Um dos inúmeros problemas familiares que ajuda a
embranquecer os cabelos de Lola (Gloria Pires), em Éramos Seis, é a história de
amor de Isabel (Giulia Buscaccio). A caçula vive um romance com um homem
casado, o que vem gerando uma série de conflitos. E o principal deles é a
presença de Zulmira, a mulher de Felício (Paulo Rocha). A nova personagem, que
veio para dificultar a vida do casal, é vivida por Luciana Braga, atriz que
viveu Isabel na versão do SBT da história. Mais do que uma homenagem, a
presença de Luciana é um retorno em grande estilo à Globo desta excelente
atriz.
Como Zulmira, a mulher que se recusa a dar o desquite a
Felício e não dá folga para Isabel e Lola, Luciana Braga mostra o seu talento.
A atriz é ótima vivendo megeras, e desta vez não é diferente. Basta lembrar que
seu último trabalho na Globo foi justamente vivendo uma deliciosa megera, a
Denise, invejosa vilã de Negócio da China, de 2008. Infelizmente, poucos viram
a novela de Miguel Falabella, mas Luciana Braga esteve excepcional na obra. Foi
um dos destaques do elenco desta produção, que ficou mais marcada por percalços
e baixa audiência.
Depois disso, Luciana Braga se transferiu para a Record TV,
onde também fez trabalhos marcantes, como nas novelas Poder Paralelo (2009) e
Vidas em Jogo (2011). Porém, seu retorno à Globo chega com um sabor especial.
Afinal, ao viver em Éramos Seis a rival de sua própria personagem na versão
anterior, Luciana Braga ajuda a engrandecer a novela de Angela Chaves. É uma
reverência à novela do SBT, que foi marcada pelo excelente elenco. E uma
reverência à própria atriz, que é dona de uma trajetória repleta de bons
serviços prestados.
A chegada de Zulmira também ajuda a agitar a reta final de
Éramos Seis. A trama, que foi desenvolvida praticamente sem grandes vilões, tem
se servido de tipos mais malvados para garantir a ação de seu desfecho. Assim,
enquanto Shirley segue armando para separar Lola de Afonso, Zulmira se junta ao
time das ex-mulheres inconformadas para prejudicar Isabel.
O amor proibido de Isabel e Felício injetou novas
possibilidades à Éramos Seis. Assim, a novela se aproxima de seu desfecho com
mais ação, mas sem perder de vista sua proposta de crônica da vida. Isso
reafirma o poder magnético do romance de Maria José Dupret.
André Santana
2 Comentários
Novela de bom texto
ResponderExcluirNovela impecável parabéns Rede Globo, produto de excelente qualidade
ResponderExcluirEmbora eu era muito crianca pra mim vem nitidamente a versão do ano com Irene Ravache sempre na minha mente