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"Arena SBT": emplacar esporte na emissora é desafio espinhoso

Num momento de baixa produção e muitas dispensas, a aposta em futebol sempre pareceu uma saída interessante para o SBT. Afinal, é o tipo de investimento que costuma atrair anunciantes, algo sempre positivo num momento tão difícil quanto o atual. Entretanto, a emissora ainda esbarra em sua falta de tradição no segmento, e isso tem se mostrado o grande entrave da estratégia.

A transmissão da Copa Libertadores da América sacudiu um SBT pouco adepto a novidades. Com a chegada do futebol, veio a montagem de uma equipe especializada, implantando um núcleo de cobertura esportiva que inexistia na emissora. Daí veio a ideia de apostar num programa esportivo, afinal, os jogos de quarta-feira se transformaram praticamente numa “ilha” dentro da emissora. Era preciso dar mais visibilidade ao mundo esportivo na programação.

Surgiu então o Arena SBT, programa esportivo escalado para substituir Conexão Repórter nas noites de segunda-feira da emissora. Com a atração de Cabrini desfeita e a posterior transferência do jornalista para a Record, onde voltará a assinar a Grande Reportagem do Domingo Espetacular, a lacuna foi preenchida com uma nova mesa-redonda sobre futebol. Benjamin Back, Emerson Sheik, Cicinho, Mano e convidados pilotam a nova empreitada do canal de Silvio Santos.

Mas o resultado da estreia não foi dos melhores. Arena SBT conquistou parcos 3 pontos de audiência, número inferior aos resultados obtidos por Cabrini nas segundas-feiras anteriores. O esportivo prejudicou a grade, entregando em baixa para o The Noite, que atingiu uma de suas piores marcas. Além da baixa audiência, o programa não trouxe nada de novo, colocando-se como uma mesa redonda tradicional e sem surpresas.

Claro, ainda é cedo, o programa está em fase de implantação. Mas o baixo desempenho mostra que, ao tentar entrar num segmento onde não tem tradição, o SBT está partindo do zero e tentando buscar um público completamente novo. E isso, como se sabe, leva tempo. A emissora terá paciência para esperar, sabendo-se da já clássica impaciência de Silvio Santos? Ficamos na torcida para que, ao menos, os resultados comerciais valham a pena e auxiliem o SBT a sair desta crise. Porque, no que depender dos resultados de público, a coisa vai complicar.

André Santana

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2 Comentários

  1. Esse tipo de programa voltou a ter mais espaço na TV com o Milton Neves. É um estilo muito fanfarrão, que tenta analisar o esporte apenas pelo lado da polêmica, falando MUITO dos times com mais torcedores (Corinthians e Flamengo principalmente, com um pouco de espaço para São Paulo e Palmeiras) e praticamente ignorando os outros. Eu não sou fão, mas tem seu público, ainda que nunca foi campeão de audiência, salvo um ou outro dia pós-grande jogo.

    Por isso, creio que escolheram o dia errado para fazer uma edição única dele no SBT. Se é para fazer um programa apenas, que ele fosse no domingo ou na quarta à noite, que são os dias mais quentes de futebol (apesar de que, pelo menos para a próxima fase da Libertadores, o SBT mudou o dia de exibição de seus jogos na Libertadores, para fugir da concorrência da Globo).

    No entanto, algo me diz (palpite apenas) que, se o SBT continuar pensando em investir em esporte, vão tentar levar o pessoal do FOX Sports Rádio para fazer um programa diário por lá na hora do almoço. Se não ganharia da Globo ou da Record na audiência, poderia brigar com a Bandeirantes. Seria um programa barato, tiraria uma ou duas horas da programação infantil e já teria a vantagem do entrosamento dos participantes com o apresentador. Mas no SBT não dá para prever muito as coisas, ainda que saíram notícias que estão pensando em mexer na programação para 2021...

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    1. Concordo, Alexandre! Talvez o programa funcionasse melhor após os jogos mesmo. Vamos ver se mostra força comercial para sobreviver, porque no que depender da audiência, não vai longe.

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