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Top 10 de 2020: destaques negativos

2020 foi um ano complicado para todos. Para a televisão não foi diferente. A pandemia afetou a programação e limitou as produções. Isso contribuiu para algumas das falhas de 2020 na TV. Mas não só isso. Novidades equivocadas e más escolhas também foram determinantes para esta primeira retrospectiva do ano, dedicada aos destaques negativos de 2020. E vale lembrar que a lista é elaborada baseada na opinião deste que vos escreve e, portanto, é sujeita a injustiças e esquecimentos. A ordem em que aparecem não é importante. Acompanhem:

- “Alerta Nacional”

Já conhecida por apostas de gosto duvidoso, a RedeTV se superou ao lançar Alerta Nacional. Além de fazer a mistura de mau gosto entre sangue e “humor”, o programa de Sikêra Jr. se apresenta como um telejornal, mas se dedica à disseminação de fake news e preconceitos. Travestido de conservador, o programa é, na verdade, uma máquina de ódio irresponsável, sem inteligência e que não deveria ter espaço em televisão nenhuma. Um horror!

- “Opinião no Ar”

Repetimos aqui a mesma argumentação acima. Com a diferença que o programa comandado por Luís Ernesto Lacombe se coloca como um programa de debates. Mas não é. Os “lados” são desequilibrados e não há debate, já que os “debatedores” proferem barbaridades e fake news travestidas de “opinião”. Nem tudo é questão de opinião. Há coisas que são simplesmente mentiras. Mais um programa irresponsável da RedeTV, que se superou em chorume em 2020.

- “Novo domingo” da Record

Com dificuldades em superar o Eliana, do SBT, a Record promoveu uma importante repaginada em sua grade dominical em 2020. No já longínquo mês de março deste ano, a emissora apostou numa edição dominical do Hoje Em Dia, um novo Domingo Show com Sabrina Sato, um Hora do Faro em novo horário e a segunda temporada de The Four no início da noite. Nada funcionou, e a emissora aproveitou as mudanças impostas pela pandemia para implodir a nova grade e voltar tudo a como era antes. Mesmo sem pandemia, já era uma tragédia anunciada.

-  “Fina Estampa” e “Haja Coração”

A pandemia prejudicou demais as produções, e a principal consequência disto foram as paralisações das novelas. Globo, Record e SBT substituíram seus folhetins inéditos por várias reprises. E, na Globo, as reprises mais equivocadas foram Fina Estampa e Haja Coração. Fina Estampa se mostrou um acerto do ponto de vista comercial, já que era uma novela pretensamente leve e que o público aceitou bem, o que a fez um sucesso de novo. Mas a reprise também expôs as inúmeras falhas do texto de Aguinaldo Silva, já que a novela praticamente não tinha enredo e envelheceu mal. Enquanto isso, Haja Coração foi outro equívoco, já que o texto de Daniel Ortiz é bem fraquinho. E, de quebra, ficou claro aos olhos do público as inúmeras semelhanças entre a trama e Salve-se Quem Puder, também de Ortiz, e que deve voltar a ocupar o horário ao fim da reprise. Foi uma escolha equivocada.

- “Apocalipse”

Se a Globo errou com as escolhas de Fina Estampa e Haja Coração, a Record errou ainda mais ao selecionar a reprise de Apocalipse para ocupar a brecha de Amor Sem Igual. A novela é ruim e foi um grande fracasso em sua exibição original. Além disso, apostar numa novela sobre o fim do mundo em plena pandemia é de um mau gosto acima da média. Havia claras intenções doutrinadoras nesta reprise, evidentemente, mas nada justifica esta infeliz decisão.

- “Fofocalizando”, “Triturando”, “Notícias Impressionantes” etc

A programação vespertina do SBT foi, mais uma vez, alvo das inúmeras decisões amalucadas de Silvio Santos. O dono da emissora decidiu, do nada, transformar o programa de fofocas Fofocalizando numa atração de “opiniões sem sentido”, o Triturando. Não satisfeito, “renovou” o elenco da atração. Depois, mudou pra Notícias Impressionantes, cuja versão diária durou um único dia. Voltou Triturando. Aí anunciaram que Fofocalizando voltaria, e até teve chamadas no ar. Mas não voltou. Triturando segue no ar, aguardando a próxima decisão maluca. Enquanto isso, o time de Chris Flores segue analisando pautas “fantásticas”, como “homem que coça o saco merece ser triturado?”.

- “Aqui na Band”

O finado matinal da Band teve um período crítico em 2020, o que culminou com o seu cancelamento. Primeiro, houve a dispensa de Silvia Poppovic, nome que agregava prestígio e, principalmente, equilíbrio ao matinal. Depois, a atração que começou como uma revista eletrônica de variedades, se transformou num palanque político esquisitíssimo. Ao ponto de criar rusgas internas, quando sua direção bateu de frente com a direção de jornalismo do canal. A queda de braço levou ao fim do programa de triste lembrança.

- “Programa da Maisa”

O Programa da Maisa estreou com boas expectativas em 2019, chacoalhando as tediosas tardes de sábado da TV brasileira. Mas o programa logo perdeu fôlego, ao se mostrar excessivamente preso ao roteiro e não ter conseguido explorar toda a espontaneidade de Maisa Silva. Em 2020, a pandemia prejudicou ainda mais o programa, que se viu sem ritmo e com entrevistas protocolares um tanto sem vida. Foi cancelado por decisão da apresentadora, que acertou ao procurar outros rumos para sua carreira.

- “Mestre do Sabor”

Em sua segunda temporada, o talent show culinário da Globo mostrou que é tão sem graça quanto uma salada sem tempero. Não há emoção na competição. O formato não consegue fazer com que o espectador crie um vínculo que seja nos competidores, fazendo com que não haja torcidas ou reviravoltas. É tudo insípido, inodoro e incolor. Uma pena.

- Jornalismo do SBT

A pandemia agravou ainda mais a situação da emissora de Silvio Santos, que já vinha de uma série de decisões equivocadas. O canal desmantelou o seu já parco jornalismo, com a dispensa de todas as suas estrelas, como Carlos Nascimento, Roberto Cabrini e Rachel Sheherazade. Com isso, seus telejornais passaram a ser meros leitores de notícias factuais, sem grandes aprofundamentos e fugindo o quanto pôde do debate político, já que a emissora assume uma postura subserviente ao governo federal. E Marcão do Povo e Dudu Camargo seguem sendo tratados como estrelas do segmento, o que, por si só, já diz muito sobre a atual fase capenga da emissora.

E para você, internauta? Quais foram os destaques negativos de 2020 na TV? Deixe sua opinião nos comentários! Sábado que vem, dia 02, o TELE-VISÃO traz o Top 10 de 2020 – Destaques Positivos. Até lá!

Aqui termina o TELE-VISÃO 2020! Um ano difícil para todos, inclusive para este blog, mas creio que chegamos ao fim deste ciclo de maneira digna. E esperamos que 2021 seja um ano muito melhor pra todos nós e para as nossas tele-visões. Feliz 2021 pra você!

André Santana

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9 Comentários

  1. Sobre suas escolhas André, concordo. O Alerta Nacional é um programa humorístico disfarçado de telejornal que é a cara da Rede TV! e o jornalismo do SBT sem griffes caminha pra um desmantelamento sem precedentes. Realmente não sentirei saudades de 2020, da mesma forma que o seu blog o meu também encerrará o ano de forma digna.

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  2. A rede TV os donos são apoiadores do presidente
    Saíram em defesa do sikera na confusão sobre maltrato a animais com Xuxa..mesmo assim trocam no ibope

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    1. Miguel, a RedeTV está fadada à extinção. Vai vendo...

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  3. Olá, tudo bem? Ainda analiso se divulgarei a lista dos piores no meu blog, como sempre faço, em virtude do ano "atípico" e tão difícil para todos nós. Divulguei hoje a relação das melhores novelas da década. Abs e Feliz 2021!!! Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  4. Como eu não vejo TV (aberta e a cabo), vou deixar a resposta em branco, assim como esse ano que vai acabar.

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  5. João Paulo, não incluí o Vou te Contar porque, embora seja bem ruinzinho mesmo, não acho que ele esteja entre as piores coisas do ano. Apesar dos pesares, torço pela Claudete, uma profissional de trajetória.

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