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História da TV: os 20 anos do "Noite Afora"

Monique Evans no Noite Afora
Foto: reprodução YouTube

Se hoje a RedeTV é mais vista como um canal um tanto quanto antiquado e sem originalidade, o passado da emissora teve suas pérolas. E uma delas, sem dúvidas, foi o clássico Noite Afora, talk show de cunho erótico comandado por Monique Evans nas madrugadas do canal. A atração mostrou ousadia, inventividade e muita diversão nas madrugadas da então “novata” RedeTV, fazendo Monique Evans brilhar e se tornar uma sensação daquela época na TV.

O Noite Afora foi uma espécie de “filhote” do De Noite na Cama, programa que Monique comandava no canal Shoptime. Na atração, a apresentadora vendia produtos eróticos numa cama, ao mesmo tempo em que fazia entrevistas sobre sexo. A ideia central foi reaproveitada na RedeTV, mas com mais espaço para reportagens, entrevistas sobre comportamento e bate-papos variados.

Na época, Monique já fazia parte do cast da RedeTV, e comandava o TV Fama. Porém, com a chegada de Nelson Rubens, ela foi deslocada para as reportagens do programa de fofocas, o que não a agradou. Ela chegou a ser cotada para substituir Adriane Galisteu no Superpop, mas a escolha por Luciana Gimenez fez Monique desanimar e quase deixar a emissora. Para não perdê-la, a direção da RedeTV propôs o Noite Afora.

A atração estreou em 26 de junho de 2001, há exatos 20 anos, e logo chamou a atenção. Nas madrugadas, onde a concorrência era menor, os papos quentes de Monique Evans incomodavam a concorrência. A “titia”, como ela mesma se chamava, dava trabalho ao Jornal da Globo e ao Programa do Jô, de segunda a sexta, e também ao Altas Horas, aos sábados. Foi uma das poucas vezes em sua história que a RedeTV realmente encostou na líder de audiência.

O grande barato do Noite Afora era a sua capacidade de falar sobre sexo sem parecer grosseiro ou de baixo nível. Pelo contrário, era um programa divertido. Monique Evans recebia astros da indústria pornô, que revelavam os bastidores de seus trabalhos, mas também recebia artistas e personalidades, com os quais fazia entrevistas em sua cama ou num ofurô que ocupava uma parte do cenário. E o papo ia muito além de sexo, revelando intimidades e momentos peculiares de seus convidados.

Luísa Mell fez sucesso no Noite Afora ao comandar o quadro Objeto de Desejo. Na época, o sucesso chamou a atenção porque era o único quadro do Noite Afora que não tinha o sexo como tema. Luísa fazia matérias sobre itens de consumo de luxo, como carros e roupas. Ou seja, o Noite Afora era como a revista Playboy, mesclando intimidades e consumo. 

Noite Afora seguiu sua vidinha com muito sucesso entre os anos de 2001 e 2003. No entanto, na reta final, o programa experimentou um desgaste natural da fórmula e viu sua audiência e repercussão caírem. Além disso, Monique Evans, que frequentava a igreja evangélica, se mostrou cansada de falar de sexo, e achou melhor encerrar a trajetória da atração. E o programa saiu do ar em janeiro de 2004.

André Santana 

26/06/2021

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2 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Acompanhava a titia desde o Shoptime kkk Portanto, sou sobrinho. Ela falava sobre zéguizu de maneira irreverente kkkkk Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  2. Chama a atenção como, pelo menos nos 4,5 primeiros anos, a Rede TV! tinha até uma ou outra atração um pouquinho mais criativa e que saia da mesmice de sensacionalismo/fofocas que são a cara do canal hoje em dia. Depois desse início, foi só ladeira abaixo realmente. Não que fosse um programa inédito e também tinha a inspiração do Erótica MTV, mas era algo que pelo menos fugia do lugar comum e não era algo apelativo.

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