Foto: divulgação Record |
Pegue uma porção de A Fazenda, misture com BBB e Power Couple. Salpique com No Limite, e uma pitada de De Férias com o Ex a gosto. Esta é a receita da Record ao formatar seu “reality original” Ilha Record, que nada mais é que uma grande mistura de tudo o que já deu certo (e errado) nos realities de confinamento e de aventura já exibidos por aqui.
Ao colocar “celebridades” juntos numa praia, Ilha Record já parece A Fazenda. As provas, que parecem gincanas super estruturadas, remetem às provas de No Limite, por conta do cenário, e Power Couple, pela engenharia envolvida. E do No Limite também há o fato de ser um reality já todo gravado, sem a participação do público no andamento do game.
No Ilha Record, os participantes são inicialmente divididos em duas equipes, que disputam provas que valem pedaços de um mapa do tesouro. A ideia é que, na reta final, os participantes usem o mapa para encontrar um tesouro escondido numa ilha. O vencedor será aquele que encontrar o tesouro mais valioso, o que só será revelado numa final ao vivo. O público terá apenas o poder de decidir um segundo vencedor, que terá um prêmio de votação popular.
Como não há votação ao longo da temporada, são os participantes que votam em quem deve sair do jogo. Mas os eliminados não deixam o programa, e sim vão para uma caverna, onde poderão assistir o que acontece e dar pitacos no andamento do game. Aqui, Ilha Record lembra o BBB com seus famosos “paredões falsos”, no qual um participante fica num quarto onde pode ver o que está acontecendo.
Em meio a tudo isso, há um personagem, o Guardião, que traz as mensagens das provas. Aqui, Ilha Record se inspira em De Férias com o Ex, já que o temor da presença da figura remete ao medo provocado pelo Tablet do Terror no reality show da MTV. Ou seja, não há nada 100% original no novo reality show da Record.
O que não quer dizer que seja ruim. Ilha Record é bem-feito, tem um bom ritmo e começou promissor, com as confusões iniciais causadas pelas estratégias dos competidores. Sabrina Sato, aqui, tem uma presença protocolar, mas parece à vontade. Ao menos, não está desanimada, como parecia André Marques em No Limite. A apresentadora está bem na função.
O maior problema de Ilha Record é oferecer mais tretas de confinamento, com confusões, conchavos e armações, que já vimos e revimos nos últimos meses com BBB e Power Couple. Na prática, é tudo muito parecido, o que gera um certo cansaço em quem assiste. Se lembrarmos que A Fazenda terá uma nova temporada ao fim da Ilha, a coisa fica ainda pior. Há uma clara overdose em realities de confinamento na TV aberta brasileira.
André Santana
31/07/2021
2 Comentários
Olá, tudo bem? O problema do Ilha Record é o elenco reciclado.. Acompanhar Lucas Selfie como vilão é dureza... Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirConcordo totalmente com seu final. É muito programa de "realidade" amontoado, só na Record são 3 e, como disse o Fabio, com muitas figurinhas carimbadas nessas empreitadas; a tendência que nem todos sejam sucesso e que aconteça desgaste nas fórmulas é bem evidente...
ResponderExcluir