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Despretensiosa, "Quanto Mais Vida, Melhor!" diverte com humor leve e esperto

Neném (Vladimir Brichta), Guilherme (Mateus Solano), Flávia (Valentina Herzsage) e Paula (Giovanna Antonelli), de Quanto Mais Vida, Melhor!
Protagonistas de Quanto Mais Vida, Melhor! (divulgação/TV Globo)

A primeira semana de Quanto Mais Vida, Melhor!, nova novela das sete da Globo, despertou a melhor das impressões. A primeira trama de Mauro Wilson diverte com uma proposta eficiente, bons personagens, direção criativa, grande elenco e um humor que não descamba para o mau gosto, e nem para o infantiloide. É uma novela despretensiosa e divertida.

Mauro Wilson já admitiu que a premissa da trama foi “roubada” de outra obra sua, o especial Os Amadores. A atração, que foi exibida no fim de 2005, 2006 e 2007, narrava a saga de quatro homens de meia-idade que têm uma experiência de quase-morte e se transformam a partir daí. Quanto Mais Vida, Melhor! tem o mesmo ponto de partida, com quatro protagonistas de universos distintos, mas que se unem por conta de um encontro com a morte.

Guilherme (Mateus Solano) é um médico competente, mas arrogante e prepotente; Paula (Giovanna Antonelli) é uma empresária implacável; Neném (Vladimir Brichta) é um jogador de futebol “aposentado” que sonha com a volta aos gramados; e Flávia (Valentina Herzsage) é uma jovem dançarina que se vê tendo que aplicar um golpe para sobreviver. O destino os leva ao mesmo avião e, depois de um acidente, os quatro conhecem a Morte (A Maia), que lhes dá uma nova chance. Mas avisa: um deles morrerá de vez dentro de um ano.

A partir daí, todos os quatro passam a buscar uma maneira de amarrar as pontas soltas de suas vidas e aproveitar ao máximo a nova oportunidade, imaginando que podem morrer em um ano. Com isso, a trama apresenta quatro grandes núcleos que se cruzam, tecendo uma rede bem amarrada.

A novela se permite algumas boas ousadias, como dividir a tela em quatro para apresentar os protagonistas de uma vez, ou até mesmo mostrar seus personagens cantando. Porém, a trama em si não ousa e aproveita bem os ingredientes de uma boa novela das sete. Ou seja, é um melodrama bem humorado com muitos toques de romance.

Os quatro protagonistas funcionaram juntos. Mateus Solano parece ter exorcizado de vez o Félix, enquanto Giovanna Antonelli repete um tipo agitado, mas que ela faz muito bem; Vladimir Brichta é um poço de carisma, enquanto Valentina Herzsage é um rosto ainda novo, mas que mostra grande evolução: Flávia em nada lembra Bebeth, de Pega Pega, ou mesmo Hebe, da série de mesmo nome.

Mauro Wilson tem um texto bastante maduro. Experiente em séries de humor, ele leva o seu estilo para uma novela, o que funciona muito bem. O grande mérito do texto do autor é seu humor leve, mas agradável, que não soa boboca ou gratuito. Quanto Mais Vida, Melhor! tem um tom de crônica bem humorada muito simpático. A direção arrojada de Allan Fiterman dá uma identidade interessante ao folhetim.

Quanto Mais Vida, Melhor! ainda trata da morte, um tema que parece espinhoso, de maneira terna e respeitosa. Ao mesmo tempo em que diverte, provoca alguma reflexão. Com isso, cumpre sua missão de ser um bom e inédito entretenimento, neste momento em que as novelas inéditas da Globo ressurgem. 

André Santana 

27/11/2021

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2 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Sinceramente, a novela não me envolveu. Já comentei no blog e li seu comentário. Respeito, mas discordo. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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    1. Oi Fabio, tudo bem? Também respeito e também discordo. Abraços!

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