CLIPPING TV - por André Santana
Mariana Rios no comando de A Grande Conquista (reprodução/Record) |
Reality show “original” da Record, A Grande Conquista estreou em baixa na audiência, mas em alta nas redes sociais. A repercussão do programa “confuso”, que reúne 70 pessoas numa vila composta por três casinhas, tem sido interessante, o que pode fazer a atração decolar nos próximos dias.
Mas o que mais chama a atenção é que toda a novidade alardeada pela Record vai acabar em breve. A fase Vila, que é claramente inspirada no extinto A Casa, deve durar apenas 10 dias. Na sequência, A Grande Conquista inicia a fase Mansão, que vai unir os 10 sobreviventes da Vila com os outros dez participantes escolhidos pelo público no primeiro episódio.
Ou seja, daqui poucos dias, A Grande Conquista vai focar na convivência de 20 participantes que conviverão numa Mansão e passarão por provas. Isso lembra algo? Sim, o BBB! A dinâmica, pelo que se conhece até aqui, será parecida, com escolha de um “líder” (ou, no caso, o “dono”) e a “zona de perigo” (mas pode me chamar de paredão).
A Record diz que as novidades não acabam com o final da Vila. A Grande Conquista deve se diferenciar em razão de uma participação mais “ativa” do público, que definirá vários pontos do jogo. Só esperando para ver então. Porque, até aqui, o novo reality parece mesmo que caminha para se tornar um BBB disfarçado.
Uma dúvida: será que a Globo e a Endemol vão deixar isso passar em branco? Vale lembrar que a produtora internacional processou o SBT e venceu, já que a Justiça entendeu que Casa dos Artistas era um plágio do BBB. Com isso, a emissora de Silvio Santos se comprometeu a não produzir novas temporadas da atração. Será que a Record vai escapar de um “processinho”?
Eu voltei…
De acordo com Lucas Pasin, colunista do Splash UOL, a Globo está cogitando promover o retorno de Manoel Soares ao É de Casa. A emissora estaria “quebrando a cabeça” para tentar solucionar a crise do Encontro. A medida solucionaria o problema do Encontro, sem dúvidas, mas geraria mais “disse-me-disse”.
Mulheres 1
A Globo confirmou Mulheres Apaixonadas no Vale a Pena Ver de Novo. Chamadas no ar. Uma boa escolha, já que a novela é um clássico de Manoel Carlos. É uma forma de homenagear Maneco, que completou 90 anos recentemente e é um dos grandes nomes da televisão brasileira.
Mulheres 2
Enquanto isso, Mulheres de Areia deve ser a substituta de Chocolate com Pimenta na faixa Edição Especial, de acordo com o site Notícias da TV. A Globo ainda não confirma o retorno, mas a própria Gloria Pires se mostrou entusiasmada com a novidade numa entrevista ao TV Fama. A confirmação deve sair em breve, pois Chocolate está na reta final.
Todas as mulheres do mundo
Caso a opção por Mulheres de Areia se confirme, a Globo terá duas novelas com “mulheres” no título no ar, já que Mulheres Apaixonadas volta no final de maio. A situação lembra 2003, quando a Globo exibiu Mulheres Apaixonadas e A Casa das Sete Mulheres. A “overdose” seria ainda maior, já que, no mesmo ano, a emissora lançaria uma novela de Ricardo Linhares que se chamaria Cidade das Mulheres. Justamente para evitar a repetição, a trama teve seu título alterado para Agora É que São Elas.
Mais uma baixa
Vincent Villari, que colabora com João Emanuel Carneiro em Todas as Flores, é mais uma dispensa da Globo. O autor ficou famoso por ser o roteirista mais jovem a ser contratado pela Globo - tinha 17 anos quando colaborou com Maria Adelaide Amaral em Anjo Mau (1997). Desde então, se tornou o grande parceiro da dramaturga, chegando a assinar duas novelas como titular ao lado da novelista: Sangue Bom (2013) e A Lei do Amor (2016).
Parceria
Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro foram os grandes parceiros de Villari em seus anos na Globo. Carneiro e Villari atuaram como colaboradores de Amaral em A Muralha (2000) e, assim, quando João assinou sua primeira novela, Da Cor do Pecado (2004), o jovem autor foi seu colaborador. A parceria se repetiu em Cobras & Lagartos (2006), A Favorita (2008) e a atual Todas as Flores.
Sucessos
Mesmo tendo assinado apenas duas novelas como titular, Vincent Villari era muito festejado na Globo, sobretudo pelo humor non sense que imprimiu em seus textos. Era ele, por exemplo, o responsável pelos diálogos dos núcleos da família Sardinha e Eduardo (Ney Latorraca) e Verinha (Maitê Proença) em Da Cor do Pecado. Também foi ele o criador dos profiteroles de Foguinho (Lázaro Ramos), de Cobras & Lagartos. Villari também foi creditado pela própria Maria Adelaide Amaral como o grande criador de Jaqueline Maldonado (Claudia Raia), melhor personagem do remake de Ti Ti Ti (2010). Uma pena nunca ter podido assinar algo 100% autoral.
Bola fora
A Globo errou feio ao cortar o beijo de Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnman) em Vai na Fé. Foi um retrocesso absurdo, ainda mais numa novela que trata de temas progressistas com muita firmeza, mas sem excesso de didatismo ou levantando bandeiras. Aliás, salvo engano, é a primeira novela da Globo a tratar com naturalidade a sexualidade fluida, vista em Yuri (Jean Paulo Campos) e na própria Clara. Não dá pra servir com uma mão e tirar com a outra. Bola foríssima, pra não dizer homofobia. Se não pode exibir beijo entre pessoas do mesmo sexo, então não fale sobre o assunto, ué! Feio, muito feio!
CLIPPING TV é a coluna semanal do TELE-VISÃO que promove um sobrevoo sobre as principais notícias do universo televisivo. Até a próxima!
André Santana
13/05/2023
1 Comentários
André, só o Encontro e a possível saída do Manoel Soares, acredito que a volta dele ao E DE CASA, não vai ser uma boa o ideal seria coloca- lo em outro programa, o E de casa funciona muito bem com os quatros apresentadores que demostram ter uma boa sintonia, coisa que o encontro apenas com dois não tem, apesar do conteúdo do programa ser duvidoso e desperdiçar os apresentadores ele funciona, não acho que Manoel Soares esteja pronto para ser apresentador ainda.
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