Aos 92 anos, Benedito Ruy Barbosa é celebrado na Globo

O autor Benedito Ruy Barbosa (divulgação)

Com o fiasco de Esperança (2002), parecia que a carreira de novelista de Benedito Ruy Barbosa havia acabado. Aliás, o próprio autor sempre avisava que a novela que escrevia naquele momento era sua última, já que sempre finalizada um trabalho traumatizado com o esforço e os problemas de saúde decorrentes da sacrificada profissão. 

Realmente, demorou 14 anos para que o autor retornasse ao horário nobre da Globo, com Velho Chico (2016). E isso aconteceu depois que uma trama sua de temática urbana, inicialmente cotada para substituir Senhora do Destino (2004), acabou engavetada. Porém, neste meio-tempo, o autor não ficou parado e, ao lado das filhas Edmara e Edilene Barbosa, passou a revisitar sua própria obra.

Cabocla (2004) abriu a onda de remakes de Benedito Ruy Barbosa na Globo na faixa das 18 horas. Na sequência, vieram Sinhá Moça (2006), Paraíso (2009) e Meu Pedacinho de Chão (2014). Algum tempo depois, a emissora voltou a apostar no texto de Benedito, que emplacou o remake de Pantanal (2022), uma de suas mais festejadas novelas, no horário nobre da Globo.

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Pois mal acabou Pantanal e veio a surpreendente terceira reprise de O Rei do Gado (1996) no Vale a Pena Ver de Novo. Em seguida, a confirmação de que Renascer (1993) ganha uma nova versão, que substituirá Terra e Paixão em 2024.

Para coroar a boa fase do mestre em tramas rurais, o Viva anuncia a volta da segunda versão de Sinhá Moça, trama escolhida para substituir Escrito nas Estrelas (2010) na faixa das 15h30. Ou seja, aos 92 anos e aposentado, só acompanhando o neto Bruno Luperi atualizando seus textos, Benedito Ruy Barbosa mostra seu valor e segue apresentando bons resultados à Globo. Algo a ser celebrado.

André Santana

15/11/2023