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No ar em Vale a Pena Ver de Novo, Paraíso Tropical foi escrita para Cláudia Abreu

Cláudia Abreu como Laura em Celebridade
Cláudia Abreu como Laura em Celebridade (reprodução)

Nesta quarta-feira, 14, o portal Notícias da TV destacou trechos do livro Gilberto Braga - O Balzac da Globo, de Mauricio Stycer e Artur Xexéo, para relembrar os bastidores de Paraíso Tropical (2007), trama escrita por Giba e Ricardo Linhares e que atualmente é reexibida no Vale a Pena Ver de Novo. De acordo com a publicação, a trama foi escrita para Cláudia Abreu, que acabou não fazendo a novela porque engravidou. Depois disso, autor e atriz nunca mais se falaram, segundo a nota.

Na época em que Paraíso Tropical começava a ganhar as primeiras manchetes dos sites, quando ainda se chamava Copacabana, o nome de Cláudia Abreu já figurava no elenco. E já se sabia que a ideia de Gilberto Braga era contar com uma de suas atrizes preferidas no papel das gêmeas Paula e Taís. Mas, como a atriz engravidou, precisou deixar a produção e foi substituída por Alessandra Negrini.

De acordo com a biografia de Gilberto Braga, Cláudia Abreu havia conversado com o autor e se comprometido a adiar os planos de gravidez para fazer a novela. No entanto, o bebê veio. Com isso, segundo o livro, ficou uma mágoa. Não houve discussão nem nada, mas Cláudia Abreu e Gilberto Braga acabaram rompendo uma duradoura parceria após o episódio. Ela era uma das atrizes preferidas dele, estrela de produções como Anos Rebeldes (1992), Pátria Minha (1994) e Celebridade (2003).

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Escrita para a atriz

Cláudia Abreu como Vitória em Belíssima
Cláudia Abreu como Vitória em Belíssima (divulgação)

A mágoa teria acontecido, ainda segundo o livro, porque Paraíso Tropical havia sido escrita para Cláudia Abreu. A publicação revela que o autor só pensou em escrever sobre irmãs gêmeas porque queria a atriz como heroína e vilã.

"Não é que Gilberto tenha escrito as personagens de Paula e Taís especialmente para Cláudia. Na verdade, Gilberto criou Paraíso Tropical para a atriz. Escrever uma novela protagonizada por gêmeas não era um sonho de autor. No seu entorno, todo mundo achava isso meio batido", revela o livro. 

"A única função de fazer uma novela de gêmea boa e gêmea má era uma ode de amor à Cláudia”, contou ao livro o autor João Ximenes Braga, que integrou a equipe de roteiristas da trama.

“Ele escreveu a novela para mim”, confirmou a própria Cláudia Abreu.

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A volta de Vitória e Laura

Alessandra Negrini como Taís e Paula em Paraíso Tropical
Alessandra Negrini como Taís e Paula em Paraíso Tropical (reprodução)

Anos antes, Gilberto Braga chegou a falar sobre assunto ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia. O novelista contou que havia combinado de não trabalhar com Malu Mader em Paraíso Tropical e, por isso, pensou em Cláudia Abreu num papel duplo.

“Como eu tinha combinado de não fazer essa novela com a Malu, achei melhor a Cacau fazer as duas. Eu nunca tinha escrito gêmeas e achei que ela faria muito bem”, explicou.

“Eu queria basicamente a Vitória, heroína de Belíssima, do Silvio de Abreu, que sabe escrever heroínas muito bem, e a Laura de Celebridade. A ideia era simplesmente botar a Vitória contra a Laura. Foi um choque não poder contar com a Cláudia Abreu”, completou.

Com a saída de Cláudia Abreu do elenco, começou a busca por uma nova intérprete das gêmeas.

“A primeira atriz que me ocorreu foi a Letícia Sabatella, mas ela estava fazendo uma novela do Manoel Carlos. Foi uma confusão danada até escalarmos a Alessandra Negrini. Ricardo Linhares havia trabalhado com a Alessandra numa novela e sugeriu o nome dela”, continuou Giba.

Mas o autor não escondeu que não ficou satisfeito com a escolha.

“É uma atriz extremamente competente, mas não é a minha praia, porque não é uma atriz naturalista. Mas fez muito bem as gêmeas”, finalizou.

 


 

André Santana

14/02/2024

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