Ticker

6/recent/ticker-posts

Publicidade

55 anos da TV Cultura: um relato pessoal

TV Cultura
TV Cultura

Neste sábado, 15, a TV Cultura completa 55 anos. Uma data a ser celebrada, sem dúvidas. Afinal, a emissora da Fundação Padre Anchieta ainda consegue se manter relevante dentro da programação da TV brasileira, mesmo diante das dificuldades de se produzir uma TV pública de qualidade no Brasil. Isso sem falar nas questões políticas…

Mas, deixando de lado os pormenores, o TELE-VISÃO prefere celebrar a efeméride por meio de um relato pessoal. Afinal, este pequeno jornalista que vos escreve, que está prestes a completar 40 primaveras no próximo dia 20 de julho, construiu uma relação de afeto com a TV Cultura. Sem dúvidas, a emissora foi fundamental na minha formação.

Lembro-me que ligar na TV Cultura era um hábito em casa. Hábito que vinha do meu pai, fã de música caipira e que sintonizava no Viola Minha Viola todas as manhãs de domingo. Aliás, uma de minhas primeiras lembranças de infância foi quando o programa comandado por Inezita Barroso gravou uma edição na pequena cidade onde nasci e cresci. Meu pai, claro, me levou na gravação. Depois, lembro-me do entusiasmo que senti quando vi o programa na TV e um dos momentos captou meu avô na plateia, que assistia atentamente ao show.

Depois disso, veio o hábito de assistir aos programas infantis. Tenho vaga lembrança do Bambalalão. As primeiras memórias mais concretas são do Catavento (“cata, cata, cata, cata vento com a mão…”). Depois, vieram Rá-Tim-Bum, uma atração obrigatória em casa, e o Glub Glub, com seus desenhos incríveis. Minha irmã e eu éramos particularmente fãs de Rua dos Pombos e suas canções inesquecíveis. X-Tudo e Mundo da Lua eram outros programas que eu não perdia.

Continua depois da publicidade


Em 1994, com meus 10 anos de idade, as primeiras chamadas da estreia de Castelo Rá-Tim-Bum mexeram com a minha cabeça. Eu fiquei tão ansioso para o lançamento do programa que não perdia qualquer programa ou reportagem sobre a atração. Provavelmente, foi aí que descobri que, para mim, não bastava assistir TV: eu precisava saber como era feito. Curiosidade essa que me levou a me tornar um jornalista especializado em televisão.

Eu amava o Castelo! Assistia todo dia, às 19h, e revia o mesmo episódio na reprise do dia seguinte, à tarde. Nessa época, eu criei um hábito de me dividir entre a TV Manchete e a TV Cultura toda noite. Minha programação começava com Cavaleiros do Zodíaco, na Manchete, e seguia com Castelo Rá-Tim-Bum, O Mundo de Beakman e Doug na Cultura. Aliás, antes de Doug estrear às 20h, a emissora exibia no horário programas como Anos Incríveis e Confissões de Adolescente, além de outros desenhos, como A Pedra dos Sonhos e As Aventuras de Tintim. Vi todos!

Nunca abandonei o hábito de assistir à TV Cultura. Sempre assisti coisas como Turma da Cultura, RG e Sãos e Salvos! - essa última uma série com visual de cartoon super divertida! Também adorava o Vitrine, programas com entrevistas interessantes e muitos bastidores. Mesmo “véio”, sempre procurei ver os infantis novos. Acompanhei Ilha Rá-Tim-Bum com prazer, assim como o super bem feito (porém esquecido) Que Monstro te Mordeu?.

Continua depois da publicidade

 

Atualmente, além de jornalista especializado em TV, também atuo como produtor cultural. Desde 2012, trabalho como coordenador de comunicação de vários eventos e ações culturais, como festivais de música, cinema, teatro, exposições e oficinas. Por conta disso, tenho o interesse em acompanhar as notícias e novidades do setor. Assim, assistir ao Metrópolis é obrigatório.

Além do programa com Cunha Junior e Adriana Couto, acompanho com regularidade o Roda Viva e o Provoca. Ou seja, até hoje, a TV Cultura faz parte da minha vida. Por tudo o que foi relatado aqui, reafirmo o que foi dito lá em cima: a emissora teve participação fundamental na minha formação pessoal e profissional. Viva a TV Cultura!

André Santana

15/06/2024

Postar um comentário

2 Comentários

  1. Na minha opinião, a TV Cultura foi, é, e sempre será, a TV de primeira qualidade do Brasil. Muito acima da Globo e as outras emissoras. Sua história e seus programas fizeram história.

    ResponderExcluir
  2. André, a Cultura, eu assisti muito na minha infância e parte da minha adolescência.

    ResponderExcluir

Publicidade