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O fiasco de Cheias de Charme e o futuro da Edição Especial da Globo

Isabelle Drummond, Leandra Leal e Taís Araújo em Cheias de Charme
Isabelle Drummond, Leandra Leal e Taís Araújo em Cheias de Charme (divulgação)

Depois de virar freguesa da Record e apanhar horrores do quadro A Hora da Venenosa, no Balanço Geral, a Globo se mexeu e fez de tudo para recuperar a liderança de audiência do início de suas tardes. A emissora explodiu o Vídeo Show, apostou no Se Joga, mas, como nada adiantou, o canal apelou para seu maior trunfo: novelas.

A Globo criou uma espécie de “novo Vale a Pena Ver de Novo”, batizado de Edição Especial. Lançada em 2021, a faixa reapresentou verdadeiros arrasa-quarteirões, como O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com Pimenta (2003) e Mulheres de Areia (1993), todas com boa audiência. Os folhetins devolveram a liderança no horário com folga para a Globo.

Mas aí veio a reprise de Cheias de Charme (2012), que não repetiu o sucesso das tramas anteriores. A Globo decidiu apostar na trama de Izabel de Oliveira e Filipe Miguez, fenômeno de 2012, mas não conseguiu alcançar o mesmo êxito de suas outras exibições.

Dois motivos ajudam a explicar o insucesso. Primeiro: houve uma mudança drástica de tom do horário, pois saiu o romance e entrou o humor rasgado. Segundo: Cheias de Charme é uma novela datada, que diz muito sobre a época em que foi feita, mas já não empolga tanto anos depois - embora seja uma ótima novela, bem entendido!

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Que novela substituirá Cheias de Charme na Globo?

O fato de Cheias de Charme não ter alcançado o êxito esperado pela Globo coloca em xeque o futuro da Edição Especial. No entanto, a própria emissora já encontrou uma solução para o horário, mas parece não ter entendido.

Os bons resultados registrados por Mulheres de Areia indicaram um caminho que não foi seguido pela emissora. O clássico de Ivani Ribeiro fez sucesso mesmo sendo uma novela produzida há 30 anos. O público não se incomodou com a imagem embolorada ou a ausência de celulares, já que a história era boa e se revelou atemporal.

Sendo assim, um bom caminho para a Edição Especial seria tornar a faixa exclusiva para grandes clássicos da teledramaturgia. Já pensou se o início das tardes da Globo fosse reservado às tramas históricas, como Tieta (1989), Barriga de Aluguel (1990), Pedra Sobre Pedra (1992), Quatro por Quatro (1994) ou até tramas mais antigas?

Mulheres de Areia, aliás, poderia ter sido substituída por A Viagem (1994), que completa 30 anos em 2024. A Globo errou ao reservar o repeteco ao Viva, sendo que a trama, sem dúvidas, manteria - ou até mesmo ampliaria - o sucesso da trama das gêmeas Ruth e Raquel (ambas Gloria Pires).

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A Edição Especial vai acabar?

Outro caminho seria a Globo pensar num outro projeto para o horário e encerrar de vez a Edição Especial. Há rumores de que o espaço poderia ser ocupado por um novo projeto comandado por Eliana, embora nada esteja confirmado nesse sentido.

Seria uma boa saída, desde que o tal novo projeto fosse muito bem pensado. Não adiantaria nada colocar Eliana para apresentar uma variação do Vídeo Show ou resgatar o pavoroso Se Joga. Se a Globo não tiver uma ideia realmente boa e original para aproveitar Eliana no horário, é melhor não fazer.

Ao que tudo indica, a reprise de novela das 14h40 vai continuar. Tanto que, de acordo com o portal Notícias da TV, a Globo pensa em resgatar dois grandes clássicos na Edição Especial e no Vale a Pena Ver de Novo em 2025, para celebrar seus 60 anos. Ou seja, parece que os repetecos estão garantidos, ao menos, até o ano que vem…

André Santana

22/06/2024

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1 Comentários

  1. Bom cheia de charme datou por causa dos cds antigamente pra fazer sucesso tinha vender cds hoje em dia pra fazer sucesso na música só postar música no YouTube, Spotify

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