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Os erros e acertos do novo domingo da Record

Rachel Sheherazade no Domingo Record
Rachel Sheherazade no Domingo Record (divulgação)

Depois de anos observando passivamente a audiência de Hora do Faro derreter, a Record finalmente decidiu se mexer e chacoalhar a sua programação dominical. No último final de semana, a emissora lançou o chamado “Super Domingo”, promovendo uma série de estreias. A ideia é aproveitar o momento de mudanças no SBT, com a saída de Eliana, e tentar beliscar o público que busca nova opção - ideia executada com atraso, diga-se.

As mudanças começaram logo pela manhã. A Record reduziu o espaço da série Todo Mundo Odeia o Chris, que passou a formar uma dobradinha com Eu, a Patroa e as Crianças. A medida se revelou um grande acerto, já que as sitcoms são muito populares no Brasil e conquistaram fãs ardorosos.

A ideia deu certo. A série de Chris Rock manteve-se num bom patamar, e a comédia sobre a família Kyle elevou ainda mais os índices, servindo como um ótimo “esquenta” para a grade vespertina. Pena que a atração seguinte, Domingo Record, não foi capaz de segurar os bons números herdados.

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Rachel e seu programa “genérico”

Apresentado por Rachel Sheherazade, Domingo Record surgiu como uma proposta de ser uma revista eletrônica vespertina, mesclando jornalismo e variedades. Na prática, o programa parece ser uma mistura do antigo Tudo a Ver e do Domingo Show dos tempos de Geraldo Luis, mas sem o mesmo charme das atrações anteriores.

Na verdade, Domingo Record é um programa genérico demais - a começar pelo nome, muito ruim. O programa é uma sucessão de quadros pouco criativos, com uma costura sem grandes inspirações. Além disso, é questionável a ideia da Record de aproveitar Rachel Sheherazade no entretenimento.

A jornalista não teve um bom desempenho à frente de A Grande Conquista e segue engessada na apresentação do programa dominical. Para conseguir fazer frente ao poderoso Passa ou Repassa, do Domingo Legal no SBT, a atração da Record terá que mudar bastante. Não colou.

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Game de Tom Cavalcante

Na sequência, estreou Acerte ou Caia, game show que lembra programas como Roleta Russa (2003), da própria Record, e Quem Fica em Pé? (2012), da Band. Trata-se de um quiz show no qual os participantes duelam entre si. Quem perde a disputa da vez cai num buraco que se abre no chão.

O jogo é simples e divertido, bem a cara das tardes de domingo. Tardes, aliás, cada vez mais tomadas por games shows. Acerte ou Caia concorre diretamente com o Passa ou Repassa e Quem Arrisca Ganha Mais, quadros do Domingo Legal do SBT, e The Wall, game do Domingão com Huck na Globo. Para quem gosta deste tipo de atração, é um bom programa.

É curiosa a escolha de Tom Cavalcante para sua apresentação. O comediante manda bem, mas não explora seu principal talento: o humor. Se é para comandá-lo de maneira burocrática, qualquer outra pessoa poderia fazê-lo. É possível que Tom se solte e diga a que veio nos próximos episódios, mas, por enquanto, ficou devendo.

Com exceção do Domingo Record, todos os programas registraram bons índices de audiência. Assim, fica cada vez mais evidente o desgaste de Hora do Faro, que entrou a seguir. O programa até obteve maior audiência que nas últimas semanas, mas, ainda assim, derrubou os números herdados. O que mostra que a reforma do domingo da Record precisa ser ainda mais profunda.

André Santana

31/08/2024

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2 Comentários

  1. É interessante ver a Record depois de tanto tempo movimentar os Domingos de manhã e de tarde, porém , ainda não foi o ponto para bater de frente com o SBT , e mesmo a Globo praticamente ''parada'' nesse dia , sem ter grandes acertos, ainda ficou faltando aquele toque especial. O Domingo Record, como já foi dito , parece uma versão mais engessada do antigo Tudo a Ver , misturada com a fase de Geraldo Luís no Domingo Show , apelando para o mesmo estilo de ambos misturado. Vale lembrar também que até semana passada , a TV ainda estava sob o ''efeito Silvio Santos'' , mesmo a emissora tendo adiado as estreias, a Rachel Sheherazade ainda trás muito a formalidade do jornalismo para o programa , tipo aquele ''nojinho de pisar descalça na calçada'' que toda jornalista meio que carrega fora do jornalismo, fora que , a alfinetada em relação ao falecimento de SS , foi uma atitude infeliz que arranhou a imagem dela na véspera da estreia .

    Já o programa do Tom Cavalcante é uma fórmula pronta , funciona como game show e é interessante, mas é algo que meio que qualquer um poderia apresentar , espero que aproveitem o Tom para realizar humor na emissora , quem sabe o retorno do ótimo "show do Tom'' .

    A jogada de colocar seriados de sucesso (Chris e Patroa) pela manhã deve funcionar bem, pois são aquela jogada sem erro , aquela velha estratégia ''chaves'' , onde o povo coloca para ver meio sem compromisso , pois as histórias já estão no imaginário do público.

    O único ponto meio ''moroso'' é o programa do Faro , que na minha visão nunca ''vingou'' nos domingos, e depois daquele comentário infeliz durante a homenagem póstuma a Gugu , só se enterrou mais ainda, agora é a parte o ano onde o programa consegue ficar um pouco mais confortável na audiência, visto que fica na asa de A Fazenda até Dezembro , mas não acredito que Faro siga na Record Ano que vem , e ironicamente , tem chances de ser substituido por Márcio Garcia , que no passado passou o bastão do ''Melhor do Brasil'' para Faro , para tomar a (errônea) decisão de voltar para a Globo.

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  2. Olá, tudo bem? Rachel Sheherazade, na minha visão, foi melhor que a Mariana Rios no comando de A Grande Conquista Portanto, discordo de sua visão. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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